02 outubro 2009

Memento

"Memento" foi, em 2000, um filme revolucionário que nos deu a descobrir um dos mais competentes realizadores dos tempos actuais - Christpher Nolan. À partida, trazia já excelente indicações sobre o filme, o que me levou a vê-lo.
O filme é, de facto, muito original. Não só no argumento, como na forma de realização e montagem. Consegue prender-nos muito bem durante as quase 2 horas de filme, deixando-nos a pensar sobre o que se irá passar a seguir. A particularidade que o distingue de outros thrillers do género (tentativa de um marido matar o violador e assassino da sua mulher) passa exactamente pelo desenrolar da história, que se processa do início para o fim. É isso que lhe dá a originalidade, é isso que nos deixa a pensar, que não nos permite abandonar o filme, porque queremos sempre saber o que se vai passar a seguir e que - obviamente pelo facto de o filme andar ao contrário - já se passou.
A meio do filme, tudo começa a encaixar melhor, e a percepção daquilo que vai acontecendo fica facilitada, mas o filme não vai deixando de nos surpreender até ao fim. Apesar de não ter um encanto pelas personagens principais (Guy Pearce e Carrie-Anne Moss), o filme consegue manter uma grande intensidade, não pela interpretação dos mesmos, mas pelo argumento, pela forma como o realizador consegue adquirir aquilo que quer de cada cena. O filme tem intensidade.
É sem dúvida um bom filme, que consegue fazer aquilo que muitos filmes nem sequer ousam tentar fazer: pôr-nos a pensar durante a película., a matutar sobre aquilo que se tem vindo a passar. Isso pode ser bom para uns, e mau para outros.
Um filme importante para a ascensão da carreira do realizador das últimas versões de Batman.

8/10

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