31 dezembro 2009

Melhores de 2009: ÁLBUNS



20. THE ANTLERS - "Hospice"
Uns Sigur Rós em estado mais deprimido e raivoso.
19. IT MAY NEVER END - "Such Is Life"
Música com sentimento, num post-rock acolhedor. A cada audição que passa, sabe melhor.
18. RODRIGO LEÃO - "A Mãe"
Uma homenagem à música portuguesa no meu top. Ouvi alguns álbuns portugueses, mas este destacou-se claramente. Rodrigo Leão está sempre um patamar acima.
17. jj - "No. 2"
Ritmo pop absolutamente contagiante. Um dos meus grandes vícios do ano.
16. ANDREW BIRD - "Noble Beast"
Conjuga brincadeiras rítmicas com sonoridades maduras e belas.
15. PHOENIX - "Wolfgang Amadeus Phoenix"
Música alegre e que nos põe bem-dispostos. Mas sempre com qualidade e simplicidade. Pop na verdadeira acepção da palavra.
14. PATRICK WATSON - "Wooden Arms"
Experimentalismo ao mais alto nível e uma enorme voz no corpo de um dos mais novos génios da música actual. Proporcionou-me o melhor concerto do ano, no Sá da Bandeira.
13. MODERAT - "S/T"
Acompanhou-me em grande parte dos meus joggings. Grande poder de nos pôr a abanar por todo o lado, numa amálgama incessante de sons dançantes.
12. GIRLS - "Album"
Guitarradas cheias de vida, baladas tristonhas e como tudo se pode conjugar de forma quase perfeita.
11. WILD BEASTS - "Two Dancers"
Voz levitante e melodias e batidas a condizer.

10. ATLAS SOUND - "Logos"
A simplicidade de processos de um génio. Este Bradford Cox não consegue fazer nada pior do que Muito Bom.
9. DIABLO SWING ORCHESTRA - "Sing Along Songs for the Damned & Delirious"
O álbum mais maluco do ano, na junção de músicos, instrumentos e estilos mais improvável do mundo. Metal, folk, ópera e tudo o mais que quiserem imaginar.
8. THE FLAMING LIPS - "Embryonic"
Um álbum enigmático, espacial (e especial). O rock progressivo no seu expoente máximo.
7. DAN DEACON - "Bromst"
Tudo aqui parece ter saído de uma noite hiper-criativa, no meio de um qualquer bosque em noite de lua cheia, em comunhão com criaturas animalescas e tribos indígenas.
6. FUCK BUTTONS - "Tarot Sport"
Existe para fazer de som ambiente numa conversa descontraída. Estes gajos fazem música electro/techno, tudo em tons de som progressivo.
5. FEVER RAY - "Fever Ray"
Música glaciar, gélida, mas que nos aquece a alma! O melhor álbum de electrónica do ano.
4. GRIZZLY BEAR - "Veckatimest"
Grandes músicos, grandes músicas e um álbum sem falhas. Músicas épicas, óptimas para ambientes intimistas.
3. THE XX - "XX"
A grande surpresa do ano. Minimal, sons indie, pop, rock, r&b... Tudo e mais alguma coisa em perfeita sintonia. O new wave está de volta.
2. ANIMAL COLLECTIVE - "Merriweather Post Pavillion"
Os mestres da criatividade e do experimentalismo. Parece que fazem música só porque sim, num estúdio lá de casa, enquanto fazem uma pausa de jogar consola. Tudo sai bem a estes gajos.
1. DIRTY PROJECTORS - "Bitte Orca"
Guitarras loucas e estonteantes, e vozes perdidas e estridentes que se fundem num dos grandes vícios do ano.
NOTA - Os 3 primeiros ocupam o primeiro lugar de forma rotativa, consoante as "luas".

Nomes como God Help The Girl, The Pains Of Being Pure At Heart, Camera Obscura, Arctic Monkeys, ISIS, Bizarra Locomotiva, Junior Boys, Air, Bill Calahan, The Horrors, YACTH, Japandroids, The Decemberists ou Bear in Heaven não estão no top, mas merecem uma vénia bem pronunciada.
Foi o ano em que mais música ouvi na vida, e valeu bem a pena!

30 dezembro 2009

Melhores de 2009: MÚSICAS

Em 2009, ouvi muita música.
Há quem diga que foi demasiada.
Eu não desminto. De vez em quando era cada overdose!...
Acaba por ser complicado eleger as músicas que mais gostei tendo em conta que ouvi milhares delas, mas mesmo assim há aquelas que marcam sempre mais do que outras.
A eleição não tem grandes regras. Talvez a única seja a de eleger apenas uma faixa por álbum, sendo que muitas delas podem nem estar destacadas de outras.
A ordem é perfeitamente aleatória, estando apenas por ordem alfabética.
Escolher 10 músicas já foi complicado, quanto mais ordená-las por ordem de preferência...

ANIMAL COLLECTIVE - "My Girls"


E o título de música mais orgásmica do ano vai para... Já não preciso dizer mais nada. Tudo aqui é perfeito, tudo aqui faz sentido, tudo aqui é Animal Collective.

CALIFONE - "Funeral Singers"

A presença mais "calma" desta lista. Mas esta música é de uma beleza extrema. Sóbria, ajustada, ideal para momentos mais down - que também os há.

DAN DEACON - "Snookered"
 
A maluqueira em pessoa (ou em música). Ritmos loucos, paisagens musicais diferentes, instrumentos improváveis. O meu grande vício em grande parte do ano. Não cansa.

DIRTY PROJECTORS - "Useful Chamber"
 
Destacar uma música de "Bitte Orca" é tarefa hercúlea. O álbum é tão perfeito, tão homogéneo, tão tudo, que se torna tarefa quase impossível. Mas esta música está aqui porque demonstra todas as facetas que o geniozinho da guitarra pop consegue fazer.

FEVER RAY - "I'm Not Done"

Projecto gélido, música gélida, mas aquela voz aquece a alma, ao ritmo de batidas primitivas. Mais uma vez, tornou-se complicado conseguir encontrar uma faixa a destacar.

FUCK BUTTONS - "Surf Solar" 


Uma batida progressiva completamente contagiante, que nos faz embalar para um álbum sem falhas. Descreve na perfeição tudo o que acontece nas restantes 6 faixas.

GRIZZLY BEAR - "Two Weeks"

De cada vez que ouço esta banda de Brooklyn, mais apanhadinho fico. Parece que só se preocupam em fazer música para eles, mas a verdade é que chega a toda a gente. "Two Weeks" está aqui porque é simplesmente um dos grandes hits do ano.

MODERAT - "Rusty Nails" 

Os Moderat são tudo e não são nada. Não há rótulos que lhe assentem, a não ser o do bom gosto na música que esta dupla produz.

THE ANTLERS - "Bear" 

O prémio de banda mais depressiva e raivosa do ano não lhes escapa, e esta música personifica isso tudo. Melodias calmas com letras claustrofóbicas num acumular de emoções, que explodem no refrão.

WILD BEASTS - "This Is Our Lot"

As batidas poderosas e a voz do vocalista ficam, aqui, expostas ao máximo. É impossível não amar esta música logo à primeira audição.


Nesta lista poderiam ainda constar nomes como "Hearing Damage" (Thom Yorke), "Hellhole Ratrace"(Girls) , "Machinery Of The Heaven" (Patrick Watson), Quick Canal (Atlas Sound) ou Ectasy (jj), já para não falar nos The XX - considero um CD que funciona como um todo e foi de todo impossível escolher uma música apenas - ou de algum post-rock/metal que ouvi, mas não dava para todos...

29 dezembro 2009

My Sister's Keeper

Um filme com uma história fortíssima desde a sua base, que fala de uma criança com leucemia e da sua irmã geneticamente alterada para poder "assistir" a sua irmã, caso ela necessite de medula, sangue ou um qualquer órgão.

Vi o filme depois de ouvir bastantes críticas positivas de amigos, que era um filme muito intenso.
Acabei por sair algo frustrado. É um filme com uma história que toca toda a gente, sem dúvida, mas estava à espera de mais. De muito mais. Penso que havia possibilidade de fazer algo melhor na forma de contar o filme, de contar a vida das personagens principais.
Um filme que nos dá as várias fases do cancro, que vão desde a descoberta, ao optimismo na cura, passando pela radio e quimioterapia, até à penosa e indesejável fase do ressurgimento do cancro. A família acaba por ser bem retratada, com a mãe a não olhar a meios para conseguir curar a filha, acabando por renegar os outros dois filhos e não se importando com o que lhes acontece.
Boas interpretações da irmã mais nova (Abigail Breslin) e da irmã com leucemia.

O filme emociona, mas não tanto como ao início julguei. Vale essencialmente pela mensagem de que ninguém está livre que nos aconteça o mesmo, e que a força de vontade e a união da família nem sempre é suficiente para superar patologias tão devastadoras como o cancro, apesar de ser um apoio brutal.

7/10

Close to Paradise

Esta música não me deixa perto do paraíso.

 
Chego mesmo lá!

27 dezembro 2009

Jackie Brown

Jackie Brown era um dos poucos filmes do génio de Quentin Tarantino que me faltava ver. Preenchi essa lacuna cinematográfica há dias.
É um filme de polícias e ladrões, ao típico jeito do descendente italiano, e foi o filme que sucedeu ao monumental êxito "Pulp Fiction".

Um elenco muito bom, diálogos ao estilo Tarantino e uma história banal transformada num argumento excelente.
O filme trata a história de um traficante de armas - Samuel L. Jackson com um look altamente cómico - que se serve dos outros - no caso específico, Jackie Brown, uma hospedeira de voos do México para LA - para o tráfico de armas de dinheiro. No entanto, nem tudo corre de feição, e a polícia acaba por ser metida ao barulho.

Tudo o resto, é pura divagação do génio de Tarantino, que consegue colocar a personagem que dá o nome ao filme em três barricadas, cada uma mais esquisita do que a outra.
As personagens auxiliares são densas, bem definidas e uma sátira perfeita a alguns cromos da nossa sociedade, e por isso resultam muito bem. Os diálogos e as situações banais do dia-a-dia fazem o resto. É um filme realista, que conta coisas que não acharíamos difíceis de acontecer na realidade, só que num tom mais refinado.

Não deixa de ser algo longo, mas que acaba por nos envolver. Tem as maluqueiras típicas, mas um final não tão dramático ou apoteótico como cheguei a equacionar ao observar o desenrolar do enredo.

No entanto, recomendo!

8/10

26 dezembro 2009

O recado

O que é que se faz quando se quer pedir um favor a alguém?
Usa-se uma carta?
Escreve-se um sms?
Telefona-se?
Não. Faz-se um vídeo e põe-se no youtube.


O que vale é que ia ficar sem internet.

25 dezembro 2009

Às vezes, o Natal traz-nos destas coisas...


+

+

=

24 dezembro 2009

Feliz Natal!


23 dezembro 2009

O mais recente vício


21 dezembro 2009

Entrámos hoje no Inverno



E eu ia jurar que já estávamos quase a sair dele...

19 dezembro 2009

Dancer in the Dark

"Dancer in the Dark" era um filme que andava para ver há já algum tempo, e que só durante esta semana pude satisfazer tal desejo.
Um filme de Lars von Trier, que tem como grande protagonista a excêntrica e maravilhosa cantora islandesa Bjork, apoiada por um elenco secundário de grande qualidade, em que se destaca Catherine Deneuve.

O filme de origem europeia apresenta-nos uma forma muito original de contar a história de uma jovem mãe checoslovaca que emigra para os EUA de forma a conseguir pagar uma cirurgia ao filho, que sofre da mesma doença genética que ela - ficará cega mais dia, menos dia.
Selma (a personagem principal) vive no seu mundo, é reservada, trabalhadora e vive em função do seu filho, amealhando o máximo de dinheiro para a sua cirurgia. A sua visão deficiente - e que se vai agravando ao longo da película - fá-la ver o mundo de outra forma, sentir os objectos de forma mais profunda, sentir todos os sons rotineiros como se de música se tratasse - os musicais são a sua paixão.
A realização centra a sua atenção em Selma, e nas suas paixões e visões do mundo, e intercala uma visão solitária e melancólica da sua vida com aquilo que a faz feliz, a música e os musicais. E este é o terreno perfeito para Bjork. Criadora das sete músicas, consegue aproveitar sons mecânicos e fazer com eles magia e deles o verdadeiro mundo de Selma.
As transições são envolventes, as interpretações comoventes e é um filme que merece ser visto com muita atenção.
Um filme que nos faz mudar a forma como vemos o cinema e aquilo que se consegue trasmitir ao espectador através de um ecrã.

Incrível como este filme não foi nomeado para os Oscars, apesar de ter tido o devido reconhecimento na Europa, com a conquista da Palma de Ouro de Cannes para melhor filme e melhor actriz. Perfeitamente merecido.
Um dos melhores e mais comoventes filmes que já vi.

9/10

18 dezembro 2009

AVATAR

Ontem foi dia de ir à estreia de "Avatar", sem dúvida o filme mais esperado dos últimos anos, não só pelo regresso do James Cameron à realização cinematográfica depois de "Titanic", mas por toda a revolução na forma de fazer filmes que se anunciava aos sete ventos.
Para começar, de constatar que fui à sessão das 00h30 num dia de semana, e a sala estava praticamente cheia. Elucidativo.
Depois, e prevenido de antemão de que o filme seria uma espectáculo audiovisual muito bom, decidi-me a ver a película em 3D com uns oculinhos especiais. Até ontem, tinha visto poucos filmes em 3D, mas a experiência não tinha sido nada de extraordinariamente diferente das versões ditas normais.
Para começar, posso desde já adiantar que "Avatar" foi a maior experiência audiovisual que alguma vez presenciei. E foi isso que mais me marcou ontem. Sentimo-nos do início ao fim das 3 horas (sim, são três horas de filme, mas há filmes de hora e meia que custam mais a passar, não haja dúvida) completamente embuídos na atmosfera criada pelo imaginário de James Cameron. Sentimos cada objecto como se fosse nosso, vivenciamos todas as sensações como se tivéssemos mesmo em Pandora - o planeta em que se desenrola a história, habitado por Na'vi (uns seres azuis e com o dobro do "nosso" tamanho) e que contém um mineral super-hiper valioso, que alimenta a tão típica ganância humana (daí a presença dos terrestres naquele planeta).
Torna-se fascinante ver como o realizador aproveita as primeiras duas horas de filme para apenas descrever todas as belezas do seu planeta imaginário, como torna cada pedaço do cenário e da paisagem  num grande pormenor. O efeito visual é, durante este período, avassalador, contagiante e sedutor.
O povo Na'vi é quase que uma versão hippy dos humanos. Amor à natureza e a tudo o que ela envolve e desenvolve. Por outro lado, os humanos são pouco mais do que mercenários, salvo as devidas excepções.
Em relação à história - passada em 2156 -, não me parece o mais importante no meio disto tudo, dada toda a imponência inerente, mas relata o envolvimento de um marine paraplégico que se mistura com o povo alienigena, por forma a conseguir roubar-lhes os principais segredos e a conquistar-lhes confiança, em particular de uma habitante, que confere ao filme o seu lado sentimental e mais romântico. De referir ainda que a forma como consegue aceder e introduzir-se no mundo dos Na'vi é pouco diferente de uma mistura de realidade virtual com evolução e manipulação genética.
A estória por si só não é excelentemente bem contada nem nada de original e tem algumas coisas bem dispensáveis, como a previsível batalha entre bons e maus, lá mais para o final, e a transformação definitiva do marine num ser pertencente ao povo alienígena. Mas o objecto criativo de James Cameron tinha que ter um fio condutor, e este acaba por não sair mal, apesar de alguns clichés.
Aquilo que marca este filme é mesmo toda a sua envolvência cénica e a emoção que transmite para fora do ecrã e que nos faz pensar naquilo que o ser humano faz a si próprio e aquilo que poderia fazer.
Um filme perfeito e épico no que diz respeito aos efeitos especiais e criações cénicas, que o tornam numa grande experiência cinematográfica, especialmente em 3D. E é isso que vai ficar marcado na minha memória.

8/10

16 dezembro 2009

Está desvendado o segredo da agressão ao Berlusconi


15 dezembro 2009

Dexter acaba de tornar-se numa das melhores séries que vi

"Dexter", a série norte-americana que retrata a vida de um serial-killer, passou a partir de hoje para um patamar muito elevado na minha consideração.

Acompanho a série desde o seu início, instigado primeiramente pela transmissão na RTP2 (excelente sugestão para ver algumas séries, já agora). Posteriormente, comecei a interessar-me cada vez mais e passei a segui-la quase que em simultâneo com a sua trasmissão nos Estados Unidos, pela via clássica dos tempos modernos.
Depois de uma segunda e terceira séries mais tremidas, eis que surge a masterpiece.
Um confronto de personalidades, de ideias, de modos de pensar e actuar, tudo isto num grande trama que foi desenvolvido magistralmente pelos guionistas e argumentistas.
Michael C. Hall é perfeito para o papel - já todos o sabíamos -, mas depois surge o inesperado John Lithgow, um actor muito conhecido do grande público por ter feito uma série de humor de grande sucesso (3rd Rock From the Sun) e ao qual não é fácil associar o papel de assassino. O confronto entre as duas personagens dura os 12 episódios, e é absolutamente contagiante. O final de cada episódio prende-nos ao seguinte, e não há hipótese de não resistir.
Aliado a isso, temos uma backup story, ou uma história secundária, muito bem estruturada, sem grandes falhas e sem ser enfadonha.
O final é bombástico e surpreendente, mas deixa-nos a salivar por mais.
Muito mais!
E, sinceramente, não gostaria de estar no papel dos argumentistas, que vão ter que se superar a si mesmos para conseguirem igualar a bitola desta season que agora terminou.

O que vale é que, nos entretantos, chega a melhor série de sempre com a última temporada!
Lost!

14 dezembro 2009

Chuva de Estrelas

Ontem foi dia de agarrar no casaco polar, no gorro, no cachecol e na mantinha e ir para o terraço à uma da matina olhar para o céu, para ver a chuva de meteoros de seu nome Geminidas.

A temperatura andava perto dos 0ºC (dizem os especialistas que quanto mais frio melhor, para "limpar" o céu da poluição), os ossos começavam a dar parte fraca, mas o calor que vinha do céu escuro e estrelado era reconfortante.
Em cerca de meia hora, mais de 20 meteoros cruzaram os céus, meio que desgovernados, sem saberem muito bem para onde ir e acabando por se dissiparem nas alturas. Alguns, mais atrevidos, ainda se mantiveram algum tempo a vaguear - o maior, deve ter durado pouco mais de um segundo, o que é muito! -, dando mostras da sua alegria com a sua mais brilhante luz, como quem diz "Nós estamos aqui! Não falhamos o espectáculo".
Não foram muitos, mas numa zona de elevada densidade populacional, cheia de poluição luminosa, penso que poder-se-á considerar a missão um sucesso.

13 dezembro 2009

A melhor canção que os Radiohead já fizeram, segundo Thom Yorke

Não sei se é a melhor ou não, porque não consigo eleger tal coisa, mas que é absolutamente linda, disso ninguém pode duvidar.

That there
That's not me
I go
Where I please
I walk through walls
I float down the Liffey
I'm not here
This isn't happening
I'm not here
I'm not here

In a little while
I'll be gone
The moment's already passed
Yeah it's gone
And I'm not here
This isn't happening
I'm not here
I'm not here

Strobe lights and blown speakers
Fireworks and hurricanes
I'm not here
This isn't happening
I'm not here
I'm not here
Isto numa altura que "Kid A" tem sido apontado em várias publicações como a melhor coisinha que se fez nesta década.

10 dezembro 2009

Mais uma contratação para o Circo da República

Depois das touradas, eis que surgem os palhaços.
 
Será que estes/as "senhores/as" não têm vergonha na cara?
Parece que pertencemos áqueles países do Extremo Oriente ou da América Latina... Só falta mesmo ver estaladões e cadeiras a voar.
Ao menos sempre tinha um efeito audiovisual mais grandioso.
Sobre o assunto, as imagens valem mais do que mil palavras.

09 dezembro 2009

Julie & Julia

Este é um filme baseado em duas histórias verídicas, de duas mulheres que adoram cozinhar. Uma (Amy Adams) propõe-se a fazer as receitas da outra (Meryl Streep) e a publicar todas as suas aventuras num blog.
O filme anda sempre à volta destas 2 histórias/biografias distintas, mas nunca consegue realmente ser muito "acolhedor". No fundo, é uma história banal que serve não mais do que para passar o tempo. Acaba por não ser muito mais do que um "drama leve/comédia levezinha", sem nos obrigar a gastar demasiado tempo em tentativas de acompanhar o ritmo da película.
A juntar a tudo isto, temos um final absolutamente decepcionante...
Vale, acima de tudo, por mais um grande papel da Meryl Streep (não sabe fazer más interpretações) e pela graça que a sua personagem incute ao filme.

6/10

07 dezembro 2009

E a boazona que faz a capa da Playboy portuguesa esta mês é...


É caso para dizer...
Uata fâque?!?!

05 dezembro 2009

Obrigado, Patrick Watson!

Pela noite mágica que me proporcionaste.


És grande!

03 dezembro 2009

THE FLAMING LIPS - "Embryonic"

Os The Flaming Lips passaram de desconhecidos (para mim, apesar de terem quase 30 anos de carreira e 12 álbuns na bagagem) a uma das bandas mais enigmáticas com a qual tive contacto na minha curta cultura musical. E o que eu andei a perder durante anos...
Contactar com este "Embryonic" é, por si só, uma experiência. Às primeiras audições, vemos logo que está ali uma coisa em grande, mas falta-nos perceber bem aquilo que eles pretendem com a música. Este enigma - e a beleza da sua música, obviamente - incita-nos a ouvir só mais uma vez, para perceber. E depois, mais uma, e só mais uma. Por fim, reparamos que estamos viciados na música, embuídos em toda a atmosfera Lipiana (ou será mesmo um planeta?), quase que a rastejar por mais e para que as músicas não tenham fim.


Há uma coerência incrível ao longo do extenso álbum de 2 CD, composto no total por 18 faixas. "Convinced of the Hex", a música de abertura, dá-nos logo como aperitivo a ementa que vai ser servida nas restantes músicas: experimentalismo em dose reforçada, regado com doses de psicadelismo, tudo isto acompanhado com uns óptimos sons intergalácticos. "The Sparrow Looks Up At The Machine" vem só intensificar o clima, torná-lo mais denso, transformar a atmosfera. Em "Evil", penso exactamente como diz a letra: "I Wish I could go back / Go back in time", para poder ter acompanhado de mais perto o trabalho destes senhores. Já agora, uma melodia excelente, nesta música.
"Silver Trembling Hands" (apresentado no EP que antecedeu este lançamento), "Gemini Syringes" e "Powerless" são mais 3 músicas imperdíveis, que transmitem na perfeição o sentimento de "Embryonic".
No meio de todo o experimentalismo e psicadelismo, este álbum também passa por momentos de maior acalmia, como são exemplo "If" e "The Impulse".
De referir que este é também um álbum com algumas colaborações, como é o caso dos MGMT, em "Worm Mountain" (uma faixa mais pesada), ou da Karen O, dos YYY's, em "I Can Be a Frog" ou "Watching the Planets" (o single de apresentação do álbum, que tem uma força enorme e um ritmo contagiante). Já agora, uma curiosidade que encontrei na Wikipedia: "Karen O's contributions were recorded by Wayne Coyne over the phone."
É também fantástica a forma como Wayne Coyne e companhia fazem músicas mais pequenas (de transição, talvez), com uma complexidade sonora e com tais elementos que nos deixam agarrados. "Sagittarius Silver Announcement" é um desses exemplos, com um baixo em pano de fundo, ao qual de vão juntando os mais diversos elementos sónicos. "Aquarius Sabotage" não lhe fica nada atrás, na quantidade de elementos sónicos interespaciais que introduz.

"Embryonic" é igualzinho áqueles pratos em que comemos e ficamos a chorar por mais.
Acredito que este é um álbum que vai continuar a crescer dentro de mim ao longo do tempo.
É uma viagem por todo o Universo. É um acontecimento.

9/10

01 dezembro 2009

UP

Ontem foi dia de ver bonecada. "UP" era um filme que desejava ter visto há mais tempo, mas que por falta de oportunidade ainda não tinha sido possível.
Vi-o agora, e a impressão é extremamente positiva.
Começando na caracterização das personagens. Se não são os desenhos mais cómicos que já vi, andam lá muito perto. O puto gordinho é absolutamente delicioso. Só com as expressões que as personagens vão tendo, o filme já estava ganho.
Depois a história. Começa a ser notório que a Pixar se preocupa em arranjar temas minimamente sérios e tocantes, e consegue com isso fazer passar várias emoções ao longo do filme. O filme é bastante comovente, mostrando, para além de uma história de amor eterno - e tudo o que a morte de um dos cônjuges traz a lume -, a relação avô/neto (apesar de as duas personagens principais não terem grau de parentesco).
A ideia de fazer da casa um dirigível e de andar com ela às costas também está muito gira e tem um efeito bem conseguido.
De resto, é um filme divertido, com bastante ritmo e que entretém miúdos e graúdos.
Sem dúvida, dos melhores filmes de animação que vi. Talvez não esteja ao nível de "Wall-E", mas também não anda muito longe!

8/10

30 novembro 2009

A Gripe A pode trazer danos irreparáveis...


... À racionalidade das pessoas...

28 novembro 2009

Os Queen renasceram... E em grande!


24 novembro 2009

FUCK BUTTONS - "Tarot Sport"


"The Lisbon Maru" exprime tudo aquilo que sinto ao ouvir o segundo trabalho dos Fuck Buttons.


Uma espécie de Animal Collective mais electrónicos, mas com a mesma dose de genialidade e loucura.
Lindo!

9/10

23 novembro 2009

DIABLO SWING ORCHESTRA - "Sing Along Songs for the Damned and Delirious"

Os DSO são das coisas mais absurdamente esquisitas e boas que já ouvi. E é daquelas coisas que nem sequer se estranha (ok, estranha-se pela mistura de sons e estilos, mas...), entranha-se logo!
Têm uma capa do álbum anormal, delirante e alegre, que até acaba por transmitir bem aquilo que se passa ao longo das 10 faixas do disco - um verdadeiro carrossel de sonoridades e emoções.


Pensar nos DSO e associá-los ao Metal é extremamente redutor. Uma banda que conta com guitarras, teclas, instrumentos de sopro (flauta e trompete), violoncelos, cítaras e uma vocalista de canto lírico diz tudo.
É verdade que os riffs poderosos estão presentes em quase todas as músicas, mas estão lá de forma muito bem ponderada e são coadjuvados com sonoridades que muitas vezes nos fazem voltar aos anos da génese dos blues e do jazz - "A Tap Dancer's Dillema" -, nos levam aos recantos da música tradicional russa - "Vodka Inferno" é Katiuska ao mais alto nível, altamente viciante -, passando pela marcha em forma de tango de "A Rancid Romance"...
São demasiadas emoções para um disco só. Às vezes, são até demasiadas emoções para um só música, como é exemplo "Lucy Fears the Morning Star". "New World Windows" apresenta uma música mais "normal", por assim dizer, onde, para além da voz de ópera, encontramos "apenas" uma fantástica malha com influências post-rock. "Ricerca Dell'anima" segue as mesmas pisadas, no que à conjugação de sonoridades diz respeito.
"Stratosphere Serenade" termina o disco de forma arrebatadora, com um violoncelo em grande forma. Uma odisseia de 8 minutos que nos deixa a salivar por mais coisas assim.

O nome da banda, apesar de esquisito, não podia estar mais adequado. Estes gajos são de facto uma autêntica orquestra, tal é a diversidade instrumental que apresentam ao longo das 10 faixas. Uma das grandes referências do ano.
Surpreendente.
Arrebatador.
Épico.

9/10

21 novembro 2009

Fez-se Luz...

Há 3 dias, no Utah, EUA.
Chuva de meteoroa das Leónidas - Constelação de Leão:




Espectacular!

20 novembro 2009

New Moon - Twilight Saga

Acabo de chegar da ante-ante-estreia (estreia oficialmente em Portugal dia 26, sendo a ante-estreia no dia anterior) do novo filme da Saga Twilight, "New Moon".

Sala cheia, muitas jovens e adolescentes na plateia, toda ela bastante conhecedora do que iria acontecer no filme, pois acredito que 80% dos que lá foram tivessem já lido o livro. Eu faço parte dos restantes 20%...
Falando do filme em concreto.
Tinha visto "Twilight", o primeiro livro do filme, comentado aqui, e a opinião não foi muito positiva. Primeiro, porque não percebi muito bem certas coisas que se passavam, o que acabou por facilitar com a leitura do livro. Tenho em crer que a realizadora não conseguia extrair as potencialidades do filme.
Com o segundo filme, mudou-se o realizador - Chris Weitz, autor de "American Pie" e "Bússola Dourada" -, e o filme foi, acima de tudo, diferente. Há cenas demasiado longas e desnecessárias, talvez, mas também há mais emoção, mais expressões faciais facilmente detectáveis, mais sentimento. Conseguem detectar-se traços de comportamento com maior facilidade (principalmente no vampiro Edward), talvez pela forma diferente como tudo é filmado.
Quanto à história, ainda não li o livro, como disse, portanto tudo foi novidade (às vezes, sentia-me mal por ser dos únicos que não sabia o que se ia passar a seguir...). Pelo que me foi dito, o filme é bastante fiel ao livro, mas senti que faltava alguma adrenalina, alguma acção, algum empolgamento nas cenas que podiam transmitir tal sensação.
Quanto a efeitos especiais, não se nota grande diferença com o seu antecessor. Portanto, poder-se-á dizer que foram bem sucedidos nas cenas em que os mesmos foram requeridos.
Num filme que à partida é sempre um sucesso de bilheteira, dada a quantidade de fanáticos que a saga arrasta, o realizador pode sempre arriscar um pouco, tentar algo diferente para quebrar a monotonia. Foi algo que não aconteceu em "New Moon". Pode dizer-se obviamente que existe a tentativa de colagem ao livro, mas não será resposta para tudo.

No entanto, e apesar de tudo, o filme tem alguns pontos interessantes. Não passa de um blockbuster, cuja única função é entreter e contar uma história, mas acaba por estar bem conseguido.
No Verão chega mais um!

7/10

19 novembro 2009

Portugal no Mundial!


Boa vitória de Portugal.
Como vinha dizendo nos últimos post's deste tópico, estava com bastante receio deste jogo com a Bósnia.
Primeiro, tínhamos o poderio ofensivo da Bósnio.
Depois, tínhamos o batatal em que o jogo decorreu, óptimo para o jogo directo e aéreo dos bósnios.
Tínhamos também toda a envolvência imposta ao jogo, como sendo de "vida ou de morte" para a Bósnia.
Hoje, juntou-se mais uma preocupação. Um estádio com capacidade para 13 mil adeptos, albergava 20 mil (segundo a TVI). Vergonhoso e para a FIFA ver...

Falando de futebol propriamente dito... Fiquei apreensivo com a manutenção do Duda a titular. Tinha estado mal na Luz, e este jogo não estava a seu jeito.
Mas o jogo lá começou, e viu-se que Portugal tinha a lição bem estudada.
Os primeiros minutos foram simplesmente para travar o ímpeto da Bósnia. O que interessava era destruir o jogo ofensivo que eles criassem.
A partir dos 15, 20 minutos, a equipa começou a assentar o jogoe começou a fazer aquilo que melhor sabe. Trocar a bola, jogar no chão, controlar o jogo. Claro que o estado lamentável do relvado não deixou que os portugueses o fizessem na perfeição, mas lá se conseguiu chegar ao intervalo com 1-0 para nós em oportunidades claras de golo - depois de uma óptima jogada entre Meireles e Tiago.
Na segunda parte, o domínio português acentuou-se. A Bósnia colocou em campo mais um avançado, e perdeu o (pouco) poder de transição, dado praticamente apenas por Pjanic (ainda vamos ouvir falar muito deste miúdo). Para isso contribuiu uma defesa absolutamente irrepreensível, em que raramente perderam lances aéreos.
Com o tempo a passar, Portugal começou a conseguir fazer bem os contra-ataques e acabou por ser com naturalidade que chegámos à vantagem. Destaque para o poder de pressão dos três médio de Portugal - Pepe, Meireles e Tiago - que estiveram muito bem tacticamente e em termos de intensidade e agressividade.
A partir daqui, o jogo da Bósnia acabou, apesar de ainda terem conseguido criar uma oportunidade clara de golo, por Dzeko.
A eliminatória estava resolvida, e era uma questão de saber por quantos golos vencíamos. Acabámos por vencer apenas por 1, mas podiam ter sido 3 ou 4.

Quanto a destaques individuais, terão que ser dados aos 2 centrais, que não perderam praticamente nenhum lance, excepção feita à oportunidade de golo de Dzeko.
O trio do meio campo também foi fundamental no controlo do jogo, e o Raúl Meireles teve quase todas as oportunidades de golo de Portugal nos pés. Jogo fantástico!
Na frente, nenhum brilhou, mas o jogo não estava para isso. Demonstraram, no entanto, muita disponibilidade e solidariedade no auxílio ao meio campo e à defesa.
Resumindo e concluindo,
Portugal foi um mais do que justo vencedor da eliminatória, demonstrando uma grande alma - a alma lusitana!
E agora venha o Mundial!!

PS - destaque positivo e negativo para público. Negativo pela agressão ao árbitro e positivo pelo comportamento no final do encontro, com algum fair-play (ou seria resignação), coisa que eu não estava à espera, sinceramente.

18 novembro 2009

Nervoso miudinho...


Daqui a uma hora, começa o Bósnia-Portugal, jogo decisivo para a ida da nossa selecção à África do Sul.
Os Bósnios estão raivosos, sedentos de sangue, cheios de vontade de comer a nossa equipa viva, portanto, nada melhor do que acalmá-los com uma batatas nas redes da baliza bósnia.
Esperemos para ver.
Estou ansioso como há muito não estava com um jogo da selecção de todos nós!

16 novembro 2009

Insólito

Assaltante ficou entalado em janela durante dez horas

Assaltante ficou entalado em janela durante dez horas
O insólito aconteceu a um romeno que ia  assaltar um supermercado. Ficou entalado numa janela durante toda a noite
Foi uma tentativa de assalto que acabou de forma insólita. Um romeno de 23 anos ficou preso na janela da cave do supermercado, em Almancil, onde tentou entrar durante a noite. Só os bombeiros o conseguiram soltar.
Pode ser difícil de acreditar, mas o cenário foi bem real. Quando o homem tentou entrar pelo postigo da cave acabou por ficar entalado e sem hipótese de fuga. Assim ficou desde as 23.00 de sábado até perto das 07.00 de ontem, quando foi descoberto pelo proprietário. As pancadas na parede deram o alerta, mas só quando foi ao exterior para verificar as janelas percebeu o que tinha acontecido.
"As funcionárias disseram-me: 'senhor António está um homem lá dentro'. Quando me disseram que era na cave, a primeira coisa que fiz foi fechar a porta. Quando venho pela parte de fora porque sabia que havia aquela janelita e deparo-me com o espectáculo, um indivíduo atravessado na parede, com as calças meio despidas", explicou António Simões Oliveira.
O imigrante acabou por ficar suspenso durante cerca de dez horas. "Mal tocava no chão com os bicos dos pés. Foi realmente um dia de azar para ele", desabafou o proprietário, que já perdeu a conta aos assaltos de que foi alvo, mas que nunca viu nada assim.
Muitos populares acabaram por se concentrar junto ao estabelecimento. Surpresa e sorrisos foram difíceis de controlar. Os bombeiros de Almancil levaram quase uma hora para libertar o homem e tiveram de partir a parede. Acabou por ser levado pela GNR, mas foi apenas notificado para comparecer em tribunal.
DN

Cá para mim, houve alguma "maluca" a aproveitar-se do emigrante de Leste durante as 10 horas em posição de ataque.
Para a próxima pensa duas vezes - em assaltar a loja e em ficar de cú para o ar quase meio-dia.
Agora, mais umas fotos para animar.




O plágio é feio e fica mal...

Gosto muito do trabalho desenvolvido pelos Contemporâneos.
A parelha de "Panisgas" é sem dúvida altamente cómica e até viciante. É "catchy".
Mas não sei o que passou na cabeça do Bruno Nogueira e do Eduardo Madeira para aceitarem fazer uma publicidade destas...

Senão, vejamos:
A Delta Q é uma marca de cafés em cápsulas.
A Nespresso é uma marca de cafés em cápsulas.
O anúncio da Delta anda à volta de uma gaja boa que entretém dois panisgas de modo a conseguir ficar com a última cápsula de café existente na sala.
Acho que não preciso de dizer aquilo que acontece ao George Clooney...
Ora bem, isto não passa de colagem descarada a um anúncio, que por acaso até é de um produto em tudo semelhante!
Será que o brainstorming da equipa de criativos da Delta não deu para mais?
Só tenho pena que os humoristas acima referidos tenham aceite fazer uma fantochada destas, mas é a vida.

15 novembro 2009

AVATAR


Um dos grandes destaques cinematográficos deste ano.
Demorou 6 anos a pensar, executar e concluir, portanto poderá estar aqui uma obra de peso.

Esperemos para ver!

14 novembro 2009

Paranormal Activity

Não sou muito fã do género, mas desta vez, eu e os amigos decidimos ver este filme, que foi o maior sucesso de bilheteira de sempre, tendo em conta aquilo que custou fazer e os lucros que teve.


O filme é talvez ao género de "Blair Witch Project". Temos uma câmara a tentar filmar fenómenos anormais, que acontecem basicamente quando o casal está a dormir.
A película é-nos oferecida quase em forma de documentário do dia-a-dia do jovem casal e daquilo que fazem para tentar expulsar a "coisa" de casa e das vidas dele.
Vale essencialmente pelos momentos de tensão quando chegam as partes da noite (que é quando a "coisa" entra em acção, basicamente), mas só mais para o fim é que aquilo começa a ter mais emoção.
Não é um mau filme, mas também não é nada de especial. Diziam que poderia ser muito perturbador, mas não achei - até porque a "coisa" que assombra a casa nunca nos aparece, sendo portanto invisível.

No fundo, é um filme diferente do habitual terror/suspense, mas que muitas vezes não consegue o seu objectivo, talvez devido à distância que se cria pelo facto de haver apenas uma câmara.

6/10

13 novembro 2009

Sexta-feira 13

Hoje tenho uma infindável lista de coisas para fazer, num dia que começou há pouco.
Espero começar o dia a tomar um banho com água bem quentinha, sair para passear o meu cãozinho e...
Espera lá!
Se eu vou tomar banho com água a escaldar, o espelho vai embaciar, vou ter que limpá-lo para conseguir ver-me. Mas se lhe toco com um bocadinho mais de força, lá se parte o raio do espelho.
Isto para não falar no passeio com o cão... Aqui a zona está cheia de gatos. Se me aparece um preto acho que dou um salto e ainda me mando contra contra o prédio em obras que por aqui está.
E para completar o ramalhete, se calho de passar debaixo das escadas que por lá brotam...

Bem, mudança de planos, hoje está um óptimo dia para andar a cheirar mal e o meu cão tem uma óptima varanda para passear, portanto, acho que ficar em casa até nem é mau.
Ouch!
Já lixei um dedo no "a" do teclado.
O teclado dantes preto começa agora a ganhar tonalidades avermelhadas. Mas tem graça, que é só em algumas teclas. Bem, agora começa a ser em mais... Já não estou a gostar da brincadeira...
Se calhar parava de escrever, desligava o computador e metia-me debaixo do edredon, com cuidado para não sufocar, e não comia nada o dia todo, não vá eu entalar-me e, como estou sozinho em casa, não tenho ninguém para me fazer a Manobra de Heinrich.

Mas isto só para prevenir, que eu até nem sou Triscaidecafóbico.

E com isto tudo, já tenho um diabo desenhado a partir das letras "a", "s", "t", "u", "v", "o", "m", "i", "l", "e" e "c", que não sei como me apareceu aqui... Astuvomilec... E eu nem sequer sei latim...
Aaaahhhh!!!!.....

12 novembro 2009

O meu dia ficou mais triste...



The xx Lose a Member
Late last month, we reported that the hushed, skeletal buzz band the xx had been forced to cancel a few shows due to exhaustion. The band had played a London show without keyboardist-guitarist Baria Qureshi, the exhausted party in question, but they were all set to resume their busy touring schedule after a few nights off. However, that didn't happen. Last night, the xx played New York's Bowery Ballroom, and Qureshi was again absent. The band's label rep confirmed what had already been widely rumored: Qureshi hasn't returned to the band, and they're now a trio. At the moment, the band is still scheduled to tour heavily between now and March.

Link

Só espero que uma das bandas mais talentosas e surpreendentes bandas dos últimos anos não morra quando ainda é um recém-nascido sobredotado...


11 novembro 2009

Novo anúncio ZON

O meu nome é Bruno Ferreira e já tive que superar 6 pós-operatórios.
Se eu podia viver sem ser operado?
Podia... Mas não era a mesma coisa.

10 novembro 2009

GIRLS - "Album"

Os Girls são um duo de gajos - logo aqui somos induzidos em erro - americanos de S. Francisco, que lançam agora o seu primeiro álbum, chamado... "Album". Surpresa das surpresas.


Ouvi este álbum vezes e vezes sem conta, tentando perceber onde os Girls queriam chegar. Porque esta banda apresenta-nos música pop cheia de ritmo alegre, seguida por uma música depressiva, triste... Procurei alguma história sobre a formação da banda, e descobri que o vocalista (Cristopher Owens) pertenceu a um daqueles cultos religiosos marados no Texas, e acabou por sofrer com isso.
"Album" acaba por ser bastante denso, cheio de sonoridades distintas, diversas influências e estados de espírito, transparentes nas letras das músicas.
"Lust for Life", uma faixa pop ao mais alto nível, dá-nos logo a personalidade do frontman da banda - "(...) But now I'm just crazy, I'm totally mad/ Yeah, I'm just crazy, I'm fucked in the head (...)". Seguimos com "Laura", um falhanço amoroso com a posterior tentativa de reconciliação, que acaba por contribuir para o estado depressivo maioritariamente encontrado no disco e que se adensa em "Ghost Mouth", passando a obsessão e raiva em "GodDamned", uma faixa construída praticamente apenas com uma guitarra acústica. "Big Bad Mean Motherfucker" dá-nos distorção dos anos 80, muito ao estilo Beach House ou The Magnetic Fields, com um ritmo muito veraneante e contagiante.
"Hellhole Ratrace" é, definitivamente, uma das músicas do ano! Caracteriza na perfeição aquilo que este "Album" representa. É uma faixa post-rock cheia de intensidade, sentimento e absolutamente bela. Sentimo-nos num mundo à parte, ao ouvir esta obra-prima. Depois deste momento, segue-se mais uma faixa cheia de melancolia e dor, garantida no título da canção - "Headache", à qual se seguem "Summertime" - com mais alguma distorção - e "Lauren Marie" - post-rock para falar novamente de relações intempestivas e dos seus arrependimentos. Será a mesma pessoa de "Laura"?

Depois desta balada, embalamos para a mais poderosa faixa de "Album". "Morning Light" será uma luz de esperança na vida do Chris Owens em forma de shoegaze. "Curis" é um excelente momento de introspecção sem letra associada, que dá para reflectir sobre o que nos foi sendo dado ao longo das 10 faixas anteriores, e "Darling" encerra o disco com alguma alegria e energia positiva, ao som de algum country.
Falar deste "Album" é envolvermo-nos de tal maneira que é impossível abstrairmo-nos das suas densidades sónicas, que vão desde o mais puro pop/rock, passam pelo shoegaze ou pelo post-rock. Toda a diversidade contagia e arrasta-nos para as fantásticas letras do autor. Faze-nos estar do lado dele. Uma excelente surpresa neste ano, e salta direitinho para os melhores do ano!

9/10

09 novembro 2009

Faz hoje 20 anos...

...que o mundo mudou para a forma como o conhecemos hoje em dia.

A força que um muro de dezenas de quilómetros consegue ter na vida de milhões de pessoas.

 Esta queda deu início ao fim do comunismo soviético tal como o conhecemos e deu origem a novos países, novas nações, novas mentalidades, novas culturas.

08 novembro 2009

A companhia perfeita para fazer dupla com Bruno Alves


07 novembro 2009

WILD BEASTS - "Two Dancers"

Desconhecia por completo esta banda britânica, formada em 2002 em Leeds. É mais uma banda inglesa jovem, mas cheia de talento e ideias muito engraçadas, tal como os já aqui falados The xx. "Two Dancers" é o sucessor do primeiro álbum, "Limbo, Panto", lançado no ano transacto.

Esta é mais uma banda que entra pelos ritmos dançáveis do brit-pop, permitindo a conjugação de algum funk com uma voz diferente daquilo a que poderemos estar habituados, já que as influências líricas parecem-me bastante evidentes na projecção da voz do vocalista Hayden Thorpe. O baixista Tom Fleming também dá um jeitinho em algumas das músicas e fá-lo de forma bem competente, funcionando como contra-balanço ao maior exotismo do vocalista principal.
"Hooting and Howling" - o single de avanço deste "Two Dancers" - é aquilo que se pede a um single; uma música que caracteriza o som de um banda ou de um álbum, mas cujo refrão (principalmente) não deixa de ficar na cabeça durantes dias e noites seguidas. O efeito Wild Beasts é desde logo conseguido. "All the Kings Men" dá-nos uma dupla personalidade do vocalista, que tanto apresenta um tom de voz grave, como desata em loucos falsetes... Tudo isto com umas guitarras por trás a dar brilho ao espectáculo. A faixa "Two Dancers" não acentaria nada mal nuns Editors inspirados, e "Underbelly" é curta mas certeira. Para finalizar as referências, não posso deixar passar em claro "We Still Got the Taste Dancing on Our Tongues" - que nos deixa a salivar por mais músicas deste calibre (o "gostinho" Wild Beasts fica mesmo na nossa boca) - e "This is Our Lot" - uma música altamente poderosa, com um baixo viciante, uma bateria em grande forma e uma guitarra a entrar quando deve entrar e a voz a não desiludir, vendo aquilo a que estamos habituados ao longo do CD. Uma das músicas do ano, para mim.

Mais uma óptima surpresa vinda de terras de sua majestade, que parece ter na gente mais nova o futuro assegurado quanto à música que se faz por aquelas bandas.

8/10

Vício

O que fazer quando mal nos podemos mexer e quando temos que andar sempre mais ou menos sossegadinhos?
Resposta:


04 novembro 2009

Amanhã vou à faca...

Para ver se não fico impedido de ter filhinhos no futuro.

01 novembro 2009

Patrick Watson no Teatro Sá da Bandeira


E o bilhete já cá canta!
É um dos artistas da actualidade que mais aprecio. Transforma a música em algo experimental, belo, apaixonante. Mistura instrumentos pouco usuais e dá-lhes uma musicalidade bem interessante.
Aos grandes dotes como músico (seus e da sua banda), alia uma voz absolutamente fantástica.
Pode então dizer-se que era um dos artistas que mais aguardava para ver em Portugal, e vou logo vê-lo no Sá da Bandeira, uma sala mítica do Porto!
Só de pensar que vou ouvir músicas como esta...

... e esta...

... e esta...

... E todas as outras dezenas de músicas de altíssima qualidade, até me dá uma coisinha má.
O dia 4 de Dezembro tem tudo para ser mágico!
Ansiosamente esperando!

31 outubro 2009

Mariza no Coliseu do Porto

Ontem foi dia de ir ao Coliseu.
Mas foi tudo muito repentino e nada pensado. Uns amigos tinham ido no dia anterior e tinham adorado. Eu descobri que havia um segundo concerto agendado e lá tentei a minha sorte.
Os bilhetes estavam praticamente esgotados, não havia muita possibilidade de escolha... Mas não hesitámos e fomos na mesma.
O local era alto. Muito alto mesmo! O mais alto do Coliseu. E ficávamos mesmo por cima do palco. Em termos sonoros, não terá sido o melhor sítio para usufruir do concerto - os instrumentos tinham perfeito alcance, mas a voz nem sempre parecia estar a chegar nos "conformes".
Não obstante estes pequenos percalços, o espectáculo foi muito bom. Confesso que conhecia pouco da Mariza, para além dos grandes sucessos. Mas a fadista canta com alma, com garra e acompanhada por músicos de altíssima qualidade. O curioso é que um concerto de Mariza é muito mais do que um espectáculo de Fado. Definitivamente, deixou para trás essa designação, não deixando obviamente de parte as suas influências. A essência é Fado, mas também é muito mais que isso. É World Music, como é modo chamar. Temos a típica guitarra portuguesa, acompanhada da típica guitarra baixo, às quais se juntam a atípica guitarra acústica, o atípico piano e a atípica bateria. São elementos acrescentados no som de Mariza, que a tornam muito mais do que a melhor fadista do Mundo. Tornam-na numa das grandes artistas mundiais.
Para já, transborda simpatia e empatia com o público. Tem energia, torna o Fado uma coisa alegre, não descuida pormenores e não quer o protagonismo só para ela, distribui-o pelos restantes músicos - aqui, grande destaque para o baterista, que conquistou o público (apesar de ter cometido alguns erros - pareceu-me).
A voz da luso-moçambicana é de uma potência ímpar. Para tal, vejamos que cantou sem micro para um Coliseu á abarrotar, e arrepiava como se estivesse a usar o micro.
O momento alto foi mesmo o famoso "Ó Gente da Minha Terra", que foi interpretado no meio da plateia, e teve direito a umas lágrimas lá pelo meio, facto que levou o auditório à grande ovação da noite. Tocante, sem dúvida!
Portanto, ver Mariza é ver muito mais do que Fado. É ver emoção, alma, garra, alegria e interacção. Diria que Mariza caracteriza na perfeição as características portuguesas, e é com orgulho que a vejo a representar Portugal ao mais alto nível. Com certeza os estrangeiros ficarão com a melhor impressão sobre o nosso povo, disso não haja dúvidas!
Mariza é um dos grandes orgulhos nacionais, e ontem pude comprová-lo.

29 outubro 2009

Quando a liberdade criativa não tem limites


Vercorin é uma cidade suíça embutida nos Alpes.
Para além de constituída por casas típicas e absolutamente deslumbrantes, tem uma particularidade.
Existem imensas circunferências à volta das casas.

Fenómeno estranho, mas que só é conseguido com a abertura mental dos habitantes locais, aliados a um bom sentido de humor.
A ilusão de óptica do ângulo em que a fotografia é tirada provoca um efeito agradável e deveras curioso, só desvendado quando se obtêm fotos de outros ãngulos.

 
O link mostra-nos a imagem panorâmica.

27 outubro 2009

ATLAS SOUND - "Logos"


Atlas Sound é o projecto a solo de Bradford Cox (Deerhunter), aquele que eu considero o Manuel Cruz dos States (à devida escala, e sem querer cair em comparações de géneros) - simplesmente genial. Está envolvido em vários projectos, ajuda quando pode, quando quer, quando está inspirado.
"Logos" é editado num ano em que foi lançado um EP dos Deerhunter - depois de no ano transacto ter havido um álbum de Deerhunter e de Atlas Sound - e, segundo as crónicas, foi um álbum feito ao primeiro take, em que a ideia surgia, era gravada e de seguida surgia outra. Um álbum por instinto, portanto.


Este "Logos" transpira a sonoridade que me conquistou em Deerhunter. É tudo e não é nada de específico. Algum shoegaze a abrir com "The Light That Failed", ao qual se segue uma música acústica a lembrar Radiohead em "An Orchid". Tudo é feito com simplicidade de processos, onde tudo encaixa e flui na perfeição. E assim aparece "Walkabout", um dueto com Panda Bear dos Animal Collective, que traz um pouco de loucura, animação e luminosidade a um "Logos" que se mantém num lado mais nocturno, como é habitual. Depois chega "Shelia", um caso de amor à primeira vista comigo. É impressionante como a música é absolutamente viciante, apenas praticamente com uma guitarra à nossa frente (ouvidos).
"Quick Canal", que tem a colaboração de Laetitia Sadier dos Stereolab, é uma ode à música. O baixo a marcar o ritmo, a voz suave da francesa, todos os elementos que vão sendo introduzidos ao longo dos mais de 8 minutos da faixa... Música de paixões.
"Washington School" é, depois do dueto com Panda Bear (ou Noah Lennox, como preferirem), a segunda grande maluqueira de "Logos", com sons mais experimentais, para fazer a vontade ao amigo dos Animal Collective, certamente.
Para finalizar as referências (que foram a quase todas as músicas) "Criminals", "Logos" ou "My Halo" não ficam nada atrás daquilo que foi feito em "Microcastle/Weird Era Continued", o que me faz afirmar com certeza que Bradford Cox está em grande forma, cheio de ideias, e com isto vai aumentando a consideração que tenho por ele.

"Logos" de Atlas Sound entrou directamente para a minha lista de preferidos do ano, um álbum que sabe bem ouvir em todas as ocasiões, tal a diversidade e carga emocional que transporta.

9/10

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