18 janeiro 2010

O futebol e as novas tecnologias

Ryan Babel, jogador holandês do Liverpool e entusiasmante utilizador das novas ferramentas tecnológicas da Internet, decidiu desabafar numa das maiores plataformas de divulgação de informação - o Twitter:
"Olá pessoal, tenho notícias decepcionantes. Não vou para Stoke. O 'boss' deixou-me fora da convocatória. Sem explicação. Dez golos na época de estreia e o prémio de jovem talento do ano, depois segundo jovem talento do ano e agora não jogo. Mas ele ainda vai ver do que sou capaz, no Liverpool ou noutro clube qualquer"

Resultado, foi multado e o treinador disse que poderia procurar um novo clube. Parece que já estou a ver a resposta do Benitez:
"Props, nigga. Vai jogar futebol online, que em Anfield não teclas mais. 'Tás no Big Eye da rua!"
Moral da história. Quando quiseres desabafar e falar mal da entidade patronal, fá-lo na CNN, nunca no Twitter.

Chávez vs. Playstation


Depois de mais esta tirada em grande, cada vez começo a ter mais dificuldade em distinguir isto:

Disto:
 

15 janeiro 2010

The XX e Frankfurt

Dia 13 foi dia de sorte. Foi dia da recepção de uma fantástica prenda de Natal, já aqui publicitada. E portanto, vou começar pelo fim.
Obrigado pela melhor prenda de sempre!
O dia começou cedo. Os nervos, a ansiedade e o mau tempo precipitaram o acordar. Havia prazos que queríamos cumprir, missões que não podiam falhar, e tudo tinha que correr como planeado.
Felizmente, e não obstante alguns atrasos circunstanciais, lá se chegou ao destino dentro do previsto, não sem antes apreciar, maravilhado, a vista.


Primeira impressão ao sair do avião: "Está mesmo frio! Olha a neve a entrar-me pelos olhos dentro!"



Chegados à cidade e logo uma vista magnífica a partir da estação principal, verificando o bonito estado dos automóveis da zona.

No meio de tudo isto, a concentração ao caminhar estava nos limites máximos. Gelo no chão pode ser traiçoeiro, mas só para quem não está habituado, porque era ver os alemães a passar a grande velocidade. Nunca me senti tão lento!...
O primeiro passo com a chegada à cidade passava pela instalação num local minimamente cómodo e quente. O objectivo foi mais do que conseguido (o quarto era um forno, de tal modo que teve que se dormir com a janela entreaberta!), e ainda por cima com umas boas vistas sobre a zona económica da cidade.

Não havia muito tempo para conhecer a cidade, mas havia pontos-chave que não podiam falhar no roteiro. Aqui, a nossa celeridade foi afectada por um sistema de compra de bilhetes de metro absolutamente contra-natura. Comprei o bilhete, sim senhor, mas fiquei sem perceber patavina porque é que comprei o que comprei. Já estive em várias cidades com metro, mas nunca senti tanta dificuldade...
Visita relâmpago, sem deixar escapar os pontos principais da cidade. Arranha-céus, centro histórico (praticamente deserto, o que me entristeceu) e zona comercial. De referir que a cidade foi arrasada durante a II Guerra Mundial, mas sinceramente não parece.




A neve é muito linda, mas cansativa. Não deixa tirar fotos em condições (aqui o trémulo das mãos provocado pelo frio é um dos suspeitos do costume), entra pelos olhos dentro sem pedir permissão, molha mas não nos leva a pegar num guarda-chuva. Vá lá que não nevou assim tanto. A juntar a tudo isso, ficou a minha primeira experiência numa cidade vestida de branco. É muito bonito, mas antes de carros e pessoas pisarem a fofura dos flocos. Depois o cenário "suja-se" um pouco, fica mais realista, menos idealista, mais verdadeiro. Fica uma cidade branca nos pontos inacessíveis e mais escura nos pontos comuns de passagem de transeuntes.

Por fim, o principal motivo da ida à quinta maior cidade alemã.
O concerto da banda revelação do ano transacto, que lideraram tops em todo o mundo, que conquistaram a crítica especializada. A banda que faz música simples, despretensiosa, sem deixa de lado a qualidade na mistura das diferentes sonoridades que representam o repertório deste trio (outrora quatro) de ingleses adolescentes.
Logo à entrada, contacto directo com o vocalista e baixista Oliver Sim. Apenas a falta de lata e de uma caneta no momento me impediram de sair dali com o CD que habitava na minha mochila autografado. Sim, porque os alemães não são nada efusivos e nem sequer se dirigiram ao rapaz. Aposto que em Portugal teria logo ali à entrada uma recepção calorosa.

A sala que acolheu o concerto - Batschkapp (uma espécie de saudoso Hard Club) - estava a rebentar pelas costuras, o concerto estava esgotado há semanas e enquanto uma banda, New Look, fazia a primeira parte, tentámos furar por entre matulões, em busca de um local "habitado" por anões alemães (espécie que ronda os 1,60 metros, constituído essencialmente por elementos sexo feminino), por forma a conseguirmos vizualizar o palco e a actuação (mais a doce namorada que teve a amabilidade de me proporcionar tamanha oferenda, já que eu tenho uns honrosos 1,81 metros - o que fazia com que apenas cerca de 70% dos presentes fosse mais alto que eu).

O objectivo foi conseguido, como se pode ver, mas eu não conseguia vizualizar Jamie Smith, elemento responsável pelos beats e pelo MPC, uma vez que o gajo mais alto da sala e com a maior trunfa estava especado à minha frente. Vá lá que me forneceu o ângulo necessário para ver os restantes 2 elementos, que se encontravam mais para as pontas do palco.

Falando agora do concerto em particular, abriu em grande com a "Intro", uma faixa poderosa que deixa logo os espíritos todos incendiados.

Depois, foram-se passando grandes momentos musicais, todos os contidos no álbum e ainda uma cover de uma banda inglesa, cujo nome música não me lembro de momento e um remix do hit "You've Got the Love" de Florence and the Machine, amiga de infância, a fechar a noite. Os momentos altos foram quase todos, especialmente qunado a guitarra deambulante de Romy Madley Croft entrava em acção. Algumas músicas foram tocadas com ligeiras variações em relação à versão original, fosse para criar um ambiente mais festivo ou para adensar a carga emocional. Destaque para a distorção descontrolada em "Fantasy" (uma música que à partida poderia não acrescentar nada de muito especial), os improvisos em "Basic Space" ou o devaneio nos pratos no final da belíssima "Infinity", que encerrou o concerto antes do encore, com "Stars" e um cenário a condizer, cheio de luzes a simular as ditas.




Poder-se-ia pensar que a saída de Baria Qureshi ia causar um abalo nas performances ao vivo, já que tudo tinha sido feito e pensado a 4, e agora tudo tinha que se resolver a 3. Sobrou mais trabalho para todos os membros, em particular para o rapazinho dos beats, que muitas vezes quase não tinha mãos a medir para as duas mesas que controlava, sendo que uma delas substituía de vez em quando a guitarra deixada ao abandono, mas tirando algumas pequenas falhas (a mais gritante do baixista, prontamente corrigida), o concerto teve um nível muito bom!
Em baixo, pode ver-se a setlist do concerto que teve duração aproximada de uma hora e que foi...

Setlist
Intro
Crystalised
Islands
Heart Skipped a Beat
Fantasy
Shelter
VCR
Basic Space
Night Time
Infinity
Stars (encore)
You've Got The Love (remix)

Depois de tudo isto, o balanço é extremamente positivo. A cidade é agradável, o concerto foi excelente. Não há nada para reclamar.
Vou terminar pelo início.
Obrigado pela melhor prenda de sempre

11 janeiro 2010

"A Próxima Vida", por Woody Allen


Na minha próxima vida quero vivê-la de trás para a frente. Começar morto para despachar logo esse assunto. Depois acordar num lar de idosos e sentir-me melhor a cada dia que passa. Ser expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a pensão e começar a trabalhar, receber logo um relógio de ouro no primeiro dia. Trabalhar 40 anos até ser novo o suficiente para gozar a reforma. Divertir-me, embebedar-me e ser de uma forma geral promíscuo, e depois estar pronto para o liceu. Em seguida a primária, fica-se criança e brinca-se. Não temos responsabilidades e ficamos um bébé até nascermos. Por fim, passamos 9 meses a flutuar num spa de luxo com aquecimento central, serviço de quartos à descrição e um quarto maior de dia para dia e depois Voila! Acaba como um orgasmo!

The Lovely Bones

"The Lovely Bones" é o mais recente filme de Peter Jackson, realizador ultra-premiado com a trilogia de estrondoso sucesso do início da década, "The Lord Of The Rings". Com este filme, volta a adaptar um livro de grande sucesso, um livro tido como muitos como impossível de transpor para o cinema, um livro belo e emocionante, um enorme desafio para Peter Jackson.


Aquilo que se pode desde já dizer é que a missão não foi cumprida. Eu não li o livro, mas senti o filme algo desfeito, algo desfazado, demasiado fantasista.
A história é a de uma menina de 14 anos que é assassinada, sendo que o pai desenvolve uma verdadeira caça ao homem, em busca do autor do crime, desleixando a restante família. A rapariga (interpretada por Saoirse Ronan, de "Atonement") acaba por ficar num limbo entre um mundo e o outro, para tentar vigiar a família.
O filme baseia-se muito na imagem, nos cenários, na interacção entre os dois mundos, mas, apesar de achar que foi um aspecto razoavelmente bem conseguido, achei-o mais uma vez algo confuso. A fantasia penso que seria o ponto forte do filme, mas o modo como foi tratado deixou a desejar.
Sobre o argumento, há pouco a dizer, porque não me parece brilhante, nem lá perto. A história tem uma sequência que parece muitas vezes pouco natural, dá-se ênfase a situações absolutamente banais e retira-se rapidamente cenas que poderiam ter alta carga emocional.
Algumas personagens parecem querer ter um papel importante na história, mas tudo isso se desvanece. Não há grande profundidade em nenhuma delas, tudo parece superficial, pouco explorado. Ainda assim, destaque para Stanley Tucci, o actor que faz de assassino, que se destaca de todo o filme com uma interpretação a roçar a perfeição, a milhas de todos os restantes. Mark Wahlberg - o pai - já fez bem melhor, Rachel Weisz quase não aparece no filme e Saoirse quase se limita a narrar a história e a percorrer cenários, não obstante ser essa se calhar a principal função da sua personagem.

Vi no filme muita falta de emoção, ritmos errados que cortavam o entendimento de algumas cenas, cenas confusas... Tudo parece ter sido feito "à pressa", ou então o filme é mesmo impossível de ser conseguido, tendo em conta a obra em que se baseia.
Um filme que julguei poder ser emocionante, ser arrebatador, mas que não conseguiu ser mais do que uma desilusão.

5/10

10 janeiro 2010

Dia 10 de Janeiro do ano da graça de 2010...

Pelas 9h30 da manhã, vi pela primeira vez na minha vida isto:

... Na janela de minha casa.
Espectáculo bonito de se ver, esse da queda de neve.

08 janeiro 2010

Hoje foi feita História

Num país repleto de desigualdades.
Num país conhecido pelo seu conservadorismo.
Num país em que a Igreja tem mais voto na matéria do que seria de esperar num Estado Laico.
Num país que sempre se preocupa mais com os outros do que com o seu "eu".



Hoje conseguiu-se abolir uma das grandes desigualdades existentes.
Portugal foi o nono país a fazê-lo, o que não deixa de ser notável.
Iremos ser encarados com bons olhos.
Por sermos um país tolerante, que luta pela igualdade de todos os seus cidadãos.
Estamos todos de parabéns.

UK de branco



Só de pensar que a qualquer momento posso ir lá parar!...
Que frio!
E belo, já agora!

06 janeiro 2010

Uma cabra com mau gosto mas afinadinha

Pelo menos torna a música do Usher bem mais interessante!

04 janeiro 2010

Ben X

Ben X é um filme belga de 2007 que aborda uma história verídica sobre um tema algo sensível.
O autismo.


O filme retrata a história de um jovem que frequenta uma escola secundária normalíssima, mas que devido ao desconhecimento e falta de tolerância dos jovens, acaba por sofrer consequências do seu comportamento mais estranho. Os autistas vêem o mundo de forma completamente diferente de todos nós. Fixam-se nas coisas mais insignificantes (para nós, ditos "normais"), têm hábitos dos quais não se conseguem desfazer... E este Ben não fugia à regra.
Viciado num jogo de computador - que joga online, sempre à mesma hora e o mesmo tempo -, a vida dele gira um pouco à volta de tudo isso. Leva uma vida normal bastante influenciada pelo jogo de PC (sente-se dentro do jogo, sente-se a personagem do mesmo), até que um dia é vítima de bullying e vê um vídeo da sua humilhação na internet e tudo muda. O seu grande apoio acaba por ser uma amiga virtual por quem se apaixona, apesar das diversas tentativas da mãe para perceber o que se passa.
O realizador tenta - e consegue! - dar-nos a melhor perspectiva possível do dia-a-dia do jovem, e acabamos por nos sentir um pouco como ele. Nesse aspecto, acho o filme perfeito, porque consegue transmitir-nos as emoções devidas no momento devido.
A interpretação de Greg Timmermans é soberba, envolvente e comovente. O filme gira todo à sua volta, e ainda bem!
Para culminar em beleza, temos um final que tem tanto de inesperado como de fantástico.

Uma verdadeira lição de vida para todos aqueles que se julgam melhores do que os outros, simplesmente porque são "saudáveis" ou "normais". Uma mensagem de tolerância que assenta sempre bem.

8/10

Numa altura em que se aproxima o regresso da última temporada...



Da melhor série que já acompanhei, decidi rever todas as outras seasons.
É uma tarefa hercúlea, mas fantástica, uma vez que desde o primeiro episódio que vemos referências bem claras áquilo que se foi passando nas 5 temporadas seguintes.
Uma série perfeita que até dói. Torna-se complicado encontrar falhas na história ou no argumento.
Assim vale a pena o vício!

03 janeiro 2010

The Invention Of Lying

Ricky Gervais é um dos comediantes mais requisitados do momento, pois tem um estilo bastante peculiar.
Depois de ter entrado há pouco para o mercado de Hollywood, começa a dar os primeiros passos.
No fundo, "The Invention Of Lying" é uma comédia, mas acaba por ser um pouco mais do que isso.


O filme tem uma história de base muito boa. A impossibilidade de as pessoas mentirem, que apenas dizem aquilo que realmente pensam. Se pensarmos um bocadinho, notamos que é um comportamento impossível para nós de assumir. Dizer a verdade sobre tudo aquilo que vemos ou sentimos.
O filme acaba por ser um excelente ensaio nesse aspecto. Faz-nos rir com situações tão banais como um encontro desajustado ou o nascimento de um bebé (toda a gente diz que eles são lindíssimos)...
Diria que no filme as pessoas não têm sentimentos, não é isso que importa naquela sociedade. Ali, tudo o que interessa é ser verdadeiro, ser crú.
De resto, o filme gira em volta de todo um conjunto de situações em que a personagem principal desenvolve a capacidade de mentir, demonstrando a inocência da restante população.
Não gostei do rumo que o filme levou lá mais para o meio, mas tinha que ir para algum lado, para não correr o risco de dizerem que não tinha qualquer guião... Eu gostaria mais se não tivesse rumo, mas todos sabemos como são as produções Hollywoodescas.

Não é um filme que nos faça rir a bandeiras despregadas, mas passa-se bem o tempo, com situações bem curiosas.

6/10

01 janeiro 2010

Venha um 2010 em grande!


Free Hit Counter