31 dezembro 2009

Melhores de 2009: ÁLBUNS



20. THE ANTLERS - "Hospice"
Uns Sigur Rós em estado mais deprimido e raivoso.
19. IT MAY NEVER END - "Such Is Life"
Música com sentimento, num post-rock acolhedor. A cada audição que passa, sabe melhor.
18. RODRIGO LEÃO - "A Mãe"
Uma homenagem à música portuguesa no meu top. Ouvi alguns álbuns portugueses, mas este destacou-se claramente. Rodrigo Leão está sempre um patamar acima.
17. jj - "No. 2"
Ritmo pop absolutamente contagiante. Um dos meus grandes vícios do ano.
16. ANDREW BIRD - "Noble Beast"
Conjuga brincadeiras rítmicas com sonoridades maduras e belas.
15. PHOENIX - "Wolfgang Amadeus Phoenix"
Música alegre e que nos põe bem-dispostos. Mas sempre com qualidade e simplicidade. Pop na verdadeira acepção da palavra.
14. PATRICK WATSON - "Wooden Arms"
Experimentalismo ao mais alto nível e uma enorme voz no corpo de um dos mais novos génios da música actual. Proporcionou-me o melhor concerto do ano, no Sá da Bandeira.
13. MODERAT - "S/T"
Acompanhou-me em grande parte dos meus joggings. Grande poder de nos pôr a abanar por todo o lado, numa amálgama incessante de sons dançantes.
12. GIRLS - "Album"
Guitarradas cheias de vida, baladas tristonhas e como tudo se pode conjugar de forma quase perfeita.
11. WILD BEASTS - "Two Dancers"
Voz levitante e melodias e batidas a condizer.

10. ATLAS SOUND - "Logos"
A simplicidade de processos de um génio. Este Bradford Cox não consegue fazer nada pior do que Muito Bom.
9. DIABLO SWING ORCHESTRA - "Sing Along Songs for the Damned & Delirious"
O álbum mais maluco do ano, na junção de músicos, instrumentos e estilos mais improvável do mundo. Metal, folk, ópera e tudo o mais que quiserem imaginar.
8. THE FLAMING LIPS - "Embryonic"
Um álbum enigmático, espacial (e especial). O rock progressivo no seu expoente máximo.
7. DAN DEACON - "Bromst"
Tudo aqui parece ter saído de uma noite hiper-criativa, no meio de um qualquer bosque em noite de lua cheia, em comunhão com criaturas animalescas e tribos indígenas.
6. FUCK BUTTONS - "Tarot Sport"
Existe para fazer de som ambiente numa conversa descontraída. Estes gajos fazem música electro/techno, tudo em tons de som progressivo.
5. FEVER RAY - "Fever Ray"
Música glaciar, gélida, mas que nos aquece a alma! O melhor álbum de electrónica do ano.
4. GRIZZLY BEAR - "Veckatimest"
Grandes músicos, grandes músicas e um álbum sem falhas. Músicas épicas, óptimas para ambientes intimistas.
3. THE XX - "XX"
A grande surpresa do ano. Minimal, sons indie, pop, rock, r&b... Tudo e mais alguma coisa em perfeita sintonia. O new wave está de volta.
2. ANIMAL COLLECTIVE - "Merriweather Post Pavillion"
Os mestres da criatividade e do experimentalismo. Parece que fazem música só porque sim, num estúdio lá de casa, enquanto fazem uma pausa de jogar consola. Tudo sai bem a estes gajos.
1. DIRTY PROJECTORS - "Bitte Orca"
Guitarras loucas e estonteantes, e vozes perdidas e estridentes que se fundem num dos grandes vícios do ano.
NOTA - Os 3 primeiros ocupam o primeiro lugar de forma rotativa, consoante as "luas".

Nomes como God Help The Girl, The Pains Of Being Pure At Heart, Camera Obscura, Arctic Monkeys, ISIS, Bizarra Locomotiva, Junior Boys, Air, Bill Calahan, The Horrors, YACTH, Japandroids, The Decemberists ou Bear in Heaven não estão no top, mas merecem uma vénia bem pronunciada.
Foi o ano em que mais música ouvi na vida, e valeu bem a pena!

30 dezembro 2009

Melhores de 2009: MÚSICAS

Em 2009, ouvi muita música.
Há quem diga que foi demasiada.
Eu não desminto. De vez em quando era cada overdose!...
Acaba por ser complicado eleger as músicas que mais gostei tendo em conta que ouvi milhares delas, mas mesmo assim há aquelas que marcam sempre mais do que outras.
A eleição não tem grandes regras. Talvez a única seja a de eleger apenas uma faixa por álbum, sendo que muitas delas podem nem estar destacadas de outras.
A ordem é perfeitamente aleatória, estando apenas por ordem alfabética.
Escolher 10 músicas já foi complicado, quanto mais ordená-las por ordem de preferência...

ANIMAL COLLECTIVE - "My Girls"


E o título de música mais orgásmica do ano vai para... Já não preciso dizer mais nada. Tudo aqui é perfeito, tudo aqui faz sentido, tudo aqui é Animal Collective.

CALIFONE - "Funeral Singers"

A presença mais "calma" desta lista. Mas esta música é de uma beleza extrema. Sóbria, ajustada, ideal para momentos mais down - que também os há.

DAN DEACON - "Snookered"
 
A maluqueira em pessoa (ou em música). Ritmos loucos, paisagens musicais diferentes, instrumentos improváveis. O meu grande vício em grande parte do ano. Não cansa.

DIRTY PROJECTORS - "Useful Chamber"
 
Destacar uma música de "Bitte Orca" é tarefa hercúlea. O álbum é tão perfeito, tão homogéneo, tão tudo, que se torna tarefa quase impossível. Mas esta música está aqui porque demonstra todas as facetas que o geniozinho da guitarra pop consegue fazer.

FEVER RAY - "I'm Not Done"

Projecto gélido, música gélida, mas aquela voz aquece a alma, ao ritmo de batidas primitivas. Mais uma vez, tornou-se complicado conseguir encontrar uma faixa a destacar.

FUCK BUTTONS - "Surf Solar" 


Uma batida progressiva completamente contagiante, que nos faz embalar para um álbum sem falhas. Descreve na perfeição tudo o que acontece nas restantes 6 faixas.

GRIZZLY BEAR - "Two Weeks"

De cada vez que ouço esta banda de Brooklyn, mais apanhadinho fico. Parece que só se preocupam em fazer música para eles, mas a verdade é que chega a toda a gente. "Two Weeks" está aqui porque é simplesmente um dos grandes hits do ano.

MODERAT - "Rusty Nails" 

Os Moderat são tudo e não são nada. Não há rótulos que lhe assentem, a não ser o do bom gosto na música que esta dupla produz.

THE ANTLERS - "Bear" 

O prémio de banda mais depressiva e raivosa do ano não lhes escapa, e esta música personifica isso tudo. Melodias calmas com letras claustrofóbicas num acumular de emoções, que explodem no refrão.

WILD BEASTS - "This Is Our Lot"

As batidas poderosas e a voz do vocalista ficam, aqui, expostas ao máximo. É impossível não amar esta música logo à primeira audição.


Nesta lista poderiam ainda constar nomes como "Hearing Damage" (Thom Yorke), "Hellhole Ratrace"(Girls) , "Machinery Of The Heaven" (Patrick Watson), Quick Canal (Atlas Sound) ou Ectasy (jj), já para não falar nos The XX - considero um CD que funciona como um todo e foi de todo impossível escolher uma música apenas - ou de algum post-rock/metal que ouvi, mas não dava para todos...

29 dezembro 2009

My Sister's Keeper

Um filme com uma história fortíssima desde a sua base, que fala de uma criança com leucemia e da sua irmã geneticamente alterada para poder "assistir" a sua irmã, caso ela necessite de medula, sangue ou um qualquer órgão.

Vi o filme depois de ouvir bastantes críticas positivas de amigos, que era um filme muito intenso.
Acabei por sair algo frustrado. É um filme com uma história que toca toda a gente, sem dúvida, mas estava à espera de mais. De muito mais. Penso que havia possibilidade de fazer algo melhor na forma de contar o filme, de contar a vida das personagens principais.
Um filme que nos dá as várias fases do cancro, que vão desde a descoberta, ao optimismo na cura, passando pela radio e quimioterapia, até à penosa e indesejável fase do ressurgimento do cancro. A família acaba por ser bem retratada, com a mãe a não olhar a meios para conseguir curar a filha, acabando por renegar os outros dois filhos e não se importando com o que lhes acontece.
Boas interpretações da irmã mais nova (Abigail Breslin) e da irmã com leucemia.

O filme emociona, mas não tanto como ao início julguei. Vale essencialmente pela mensagem de que ninguém está livre que nos aconteça o mesmo, e que a força de vontade e a união da família nem sempre é suficiente para superar patologias tão devastadoras como o cancro, apesar de ser um apoio brutal.

7/10

Close to Paradise

Esta música não me deixa perto do paraíso.

 
Chego mesmo lá!

27 dezembro 2009

Jackie Brown

Jackie Brown era um dos poucos filmes do génio de Quentin Tarantino que me faltava ver. Preenchi essa lacuna cinematográfica há dias.
É um filme de polícias e ladrões, ao típico jeito do descendente italiano, e foi o filme que sucedeu ao monumental êxito "Pulp Fiction".

Um elenco muito bom, diálogos ao estilo Tarantino e uma história banal transformada num argumento excelente.
O filme trata a história de um traficante de armas - Samuel L. Jackson com um look altamente cómico - que se serve dos outros - no caso específico, Jackie Brown, uma hospedeira de voos do México para LA - para o tráfico de armas de dinheiro. No entanto, nem tudo corre de feição, e a polícia acaba por ser metida ao barulho.

Tudo o resto, é pura divagação do génio de Tarantino, que consegue colocar a personagem que dá o nome ao filme em três barricadas, cada uma mais esquisita do que a outra.
As personagens auxiliares são densas, bem definidas e uma sátira perfeita a alguns cromos da nossa sociedade, e por isso resultam muito bem. Os diálogos e as situações banais do dia-a-dia fazem o resto. É um filme realista, que conta coisas que não acharíamos difíceis de acontecer na realidade, só que num tom mais refinado.

Não deixa de ser algo longo, mas que acaba por nos envolver. Tem as maluqueiras típicas, mas um final não tão dramático ou apoteótico como cheguei a equacionar ao observar o desenrolar do enredo.

No entanto, recomendo!

8/10

26 dezembro 2009

O recado

O que é que se faz quando se quer pedir um favor a alguém?
Usa-se uma carta?
Escreve-se um sms?
Telefona-se?
Não. Faz-se um vídeo e põe-se no youtube.


O que vale é que ia ficar sem internet.

25 dezembro 2009

Às vezes, o Natal traz-nos destas coisas...


+

+

=

24 dezembro 2009

Feliz Natal!


23 dezembro 2009

O mais recente vício


21 dezembro 2009

Entrámos hoje no Inverno



E eu ia jurar que já estávamos quase a sair dele...

19 dezembro 2009

Dancer in the Dark

"Dancer in the Dark" era um filme que andava para ver há já algum tempo, e que só durante esta semana pude satisfazer tal desejo.
Um filme de Lars von Trier, que tem como grande protagonista a excêntrica e maravilhosa cantora islandesa Bjork, apoiada por um elenco secundário de grande qualidade, em que se destaca Catherine Deneuve.

O filme de origem europeia apresenta-nos uma forma muito original de contar a história de uma jovem mãe checoslovaca que emigra para os EUA de forma a conseguir pagar uma cirurgia ao filho, que sofre da mesma doença genética que ela - ficará cega mais dia, menos dia.
Selma (a personagem principal) vive no seu mundo, é reservada, trabalhadora e vive em função do seu filho, amealhando o máximo de dinheiro para a sua cirurgia. A sua visão deficiente - e que se vai agravando ao longo da película - fá-la ver o mundo de outra forma, sentir os objectos de forma mais profunda, sentir todos os sons rotineiros como se de música se tratasse - os musicais são a sua paixão.
A realização centra a sua atenção em Selma, e nas suas paixões e visões do mundo, e intercala uma visão solitária e melancólica da sua vida com aquilo que a faz feliz, a música e os musicais. E este é o terreno perfeito para Bjork. Criadora das sete músicas, consegue aproveitar sons mecânicos e fazer com eles magia e deles o verdadeiro mundo de Selma.
As transições são envolventes, as interpretações comoventes e é um filme que merece ser visto com muita atenção.
Um filme que nos faz mudar a forma como vemos o cinema e aquilo que se consegue trasmitir ao espectador através de um ecrã.

Incrível como este filme não foi nomeado para os Oscars, apesar de ter tido o devido reconhecimento na Europa, com a conquista da Palma de Ouro de Cannes para melhor filme e melhor actriz. Perfeitamente merecido.
Um dos melhores e mais comoventes filmes que já vi.

9/10

18 dezembro 2009

AVATAR

Ontem foi dia de ir à estreia de "Avatar", sem dúvida o filme mais esperado dos últimos anos, não só pelo regresso do James Cameron à realização cinematográfica depois de "Titanic", mas por toda a revolução na forma de fazer filmes que se anunciava aos sete ventos.
Para começar, de constatar que fui à sessão das 00h30 num dia de semana, e a sala estava praticamente cheia. Elucidativo.
Depois, e prevenido de antemão de que o filme seria uma espectáculo audiovisual muito bom, decidi-me a ver a película em 3D com uns oculinhos especiais. Até ontem, tinha visto poucos filmes em 3D, mas a experiência não tinha sido nada de extraordinariamente diferente das versões ditas normais.
Para começar, posso desde já adiantar que "Avatar" foi a maior experiência audiovisual que alguma vez presenciei. E foi isso que mais me marcou ontem. Sentimo-nos do início ao fim das 3 horas (sim, são três horas de filme, mas há filmes de hora e meia que custam mais a passar, não haja dúvida) completamente embuídos na atmosfera criada pelo imaginário de James Cameron. Sentimos cada objecto como se fosse nosso, vivenciamos todas as sensações como se tivéssemos mesmo em Pandora - o planeta em que se desenrola a história, habitado por Na'vi (uns seres azuis e com o dobro do "nosso" tamanho) e que contém um mineral super-hiper valioso, que alimenta a tão típica ganância humana (daí a presença dos terrestres naquele planeta).
Torna-se fascinante ver como o realizador aproveita as primeiras duas horas de filme para apenas descrever todas as belezas do seu planeta imaginário, como torna cada pedaço do cenário e da paisagem  num grande pormenor. O efeito visual é, durante este período, avassalador, contagiante e sedutor.
O povo Na'vi é quase que uma versão hippy dos humanos. Amor à natureza e a tudo o que ela envolve e desenvolve. Por outro lado, os humanos são pouco mais do que mercenários, salvo as devidas excepções.
Em relação à história - passada em 2156 -, não me parece o mais importante no meio disto tudo, dada toda a imponência inerente, mas relata o envolvimento de um marine paraplégico que se mistura com o povo alienigena, por forma a conseguir roubar-lhes os principais segredos e a conquistar-lhes confiança, em particular de uma habitante, que confere ao filme o seu lado sentimental e mais romântico. De referir ainda que a forma como consegue aceder e introduzir-se no mundo dos Na'vi é pouco diferente de uma mistura de realidade virtual com evolução e manipulação genética.
A estória por si só não é excelentemente bem contada nem nada de original e tem algumas coisas bem dispensáveis, como a previsível batalha entre bons e maus, lá mais para o final, e a transformação definitiva do marine num ser pertencente ao povo alienígena. Mas o objecto criativo de James Cameron tinha que ter um fio condutor, e este acaba por não sair mal, apesar de alguns clichés.
Aquilo que marca este filme é mesmo toda a sua envolvência cénica e a emoção que transmite para fora do ecrã e que nos faz pensar naquilo que o ser humano faz a si próprio e aquilo que poderia fazer.
Um filme perfeito e épico no que diz respeito aos efeitos especiais e criações cénicas, que o tornam numa grande experiência cinematográfica, especialmente em 3D. E é isso que vai ficar marcado na minha memória.

8/10

16 dezembro 2009

Está desvendado o segredo da agressão ao Berlusconi


15 dezembro 2009

Dexter acaba de tornar-se numa das melhores séries que vi

"Dexter", a série norte-americana que retrata a vida de um serial-killer, passou a partir de hoje para um patamar muito elevado na minha consideração.

Acompanho a série desde o seu início, instigado primeiramente pela transmissão na RTP2 (excelente sugestão para ver algumas séries, já agora). Posteriormente, comecei a interessar-me cada vez mais e passei a segui-la quase que em simultâneo com a sua trasmissão nos Estados Unidos, pela via clássica dos tempos modernos.
Depois de uma segunda e terceira séries mais tremidas, eis que surge a masterpiece.
Um confronto de personalidades, de ideias, de modos de pensar e actuar, tudo isto num grande trama que foi desenvolvido magistralmente pelos guionistas e argumentistas.
Michael C. Hall é perfeito para o papel - já todos o sabíamos -, mas depois surge o inesperado John Lithgow, um actor muito conhecido do grande público por ter feito uma série de humor de grande sucesso (3rd Rock From the Sun) e ao qual não é fácil associar o papel de assassino. O confronto entre as duas personagens dura os 12 episódios, e é absolutamente contagiante. O final de cada episódio prende-nos ao seguinte, e não há hipótese de não resistir.
Aliado a isso, temos uma backup story, ou uma história secundária, muito bem estruturada, sem grandes falhas e sem ser enfadonha.
O final é bombástico e surpreendente, mas deixa-nos a salivar por mais.
Muito mais!
E, sinceramente, não gostaria de estar no papel dos argumentistas, que vão ter que se superar a si mesmos para conseguirem igualar a bitola desta season que agora terminou.

O que vale é que, nos entretantos, chega a melhor série de sempre com a última temporada!
Lost!

14 dezembro 2009

Chuva de Estrelas

Ontem foi dia de agarrar no casaco polar, no gorro, no cachecol e na mantinha e ir para o terraço à uma da matina olhar para o céu, para ver a chuva de meteoros de seu nome Geminidas.

A temperatura andava perto dos 0ºC (dizem os especialistas que quanto mais frio melhor, para "limpar" o céu da poluição), os ossos começavam a dar parte fraca, mas o calor que vinha do céu escuro e estrelado era reconfortante.
Em cerca de meia hora, mais de 20 meteoros cruzaram os céus, meio que desgovernados, sem saberem muito bem para onde ir e acabando por se dissiparem nas alturas. Alguns, mais atrevidos, ainda se mantiveram algum tempo a vaguear - o maior, deve ter durado pouco mais de um segundo, o que é muito! -, dando mostras da sua alegria com a sua mais brilhante luz, como quem diz "Nós estamos aqui! Não falhamos o espectáculo".
Não foram muitos, mas numa zona de elevada densidade populacional, cheia de poluição luminosa, penso que poder-se-á considerar a missão um sucesso.

13 dezembro 2009

A melhor canção que os Radiohead já fizeram, segundo Thom Yorke

Não sei se é a melhor ou não, porque não consigo eleger tal coisa, mas que é absolutamente linda, disso ninguém pode duvidar.

That there
That's not me
I go
Where I please
I walk through walls
I float down the Liffey
I'm not here
This isn't happening
I'm not here
I'm not here

In a little while
I'll be gone
The moment's already passed
Yeah it's gone
And I'm not here
This isn't happening
I'm not here
I'm not here

Strobe lights and blown speakers
Fireworks and hurricanes
I'm not here
This isn't happening
I'm not here
I'm not here
Isto numa altura que "Kid A" tem sido apontado em várias publicações como a melhor coisinha que se fez nesta década.

10 dezembro 2009

Mais uma contratação para o Circo da República

Depois das touradas, eis que surgem os palhaços.
 
Será que estes/as "senhores/as" não têm vergonha na cara?
Parece que pertencemos áqueles países do Extremo Oriente ou da América Latina... Só falta mesmo ver estaladões e cadeiras a voar.
Ao menos sempre tinha um efeito audiovisual mais grandioso.
Sobre o assunto, as imagens valem mais do que mil palavras.

09 dezembro 2009

Julie & Julia

Este é um filme baseado em duas histórias verídicas, de duas mulheres que adoram cozinhar. Uma (Amy Adams) propõe-se a fazer as receitas da outra (Meryl Streep) e a publicar todas as suas aventuras num blog.
O filme anda sempre à volta destas 2 histórias/biografias distintas, mas nunca consegue realmente ser muito "acolhedor". No fundo, é uma história banal que serve não mais do que para passar o tempo. Acaba por não ser muito mais do que um "drama leve/comédia levezinha", sem nos obrigar a gastar demasiado tempo em tentativas de acompanhar o ritmo da película.
A juntar a tudo isto, temos um final absolutamente decepcionante...
Vale, acima de tudo, por mais um grande papel da Meryl Streep (não sabe fazer más interpretações) e pela graça que a sua personagem incute ao filme.

6/10

07 dezembro 2009

E a boazona que faz a capa da Playboy portuguesa esta mês é...


É caso para dizer...
Uata fâque?!?!

05 dezembro 2009

Obrigado, Patrick Watson!

Pela noite mágica que me proporcionaste.


És grande!

03 dezembro 2009

THE FLAMING LIPS - "Embryonic"

Os The Flaming Lips passaram de desconhecidos (para mim, apesar de terem quase 30 anos de carreira e 12 álbuns na bagagem) a uma das bandas mais enigmáticas com a qual tive contacto na minha curta cultura musical. E o que eu andei a perder durante anos...
Contactar com este "Embryonic" é, por si só, uma experiência. Às primeiras audições, vemos logo que está ali uma coisa em grande, mas falta-nos perceber bem aquilo que eles pretendem com a música. Este enigma - e a beleza da sua música, obviamente - incita-nos a ouvir só mais uma vez, para perceber. E depois, mais uma, e só mais uma. Por fim, reparamos que estamos viciados na música, embuídos em toda a atmosfera Lipiana (ou será mesmo um planeta?), quase que a rastejar por mais e para que as músicas não tenham fim.


Há uma coerência incrível ao longo do extenso álbum de 2 CD, composto no total por 18 faixas. "Convinced of the Hex", a música de abertura, dá-nos logo como aperitivo a ementa que vai ser servida nas restantes músicas: experimentalismo em dose reforçada, regado com doses de psicadelismo, tudo isto acompanhado com uns óptimos sons intergalácticos. "The Sparrow Looks Up At The Machine" vem só intensificar o clima, torná-lo mais denso, transformar a atmosfera. Em "Evil", penso exactamente como diz a letra: "I Wish I could go back / Go back in time", para poder ter acompanhado de mais perto o trabalho destes senhores. Já agora, uma melodia excelente, nesta música.
"Silver Trembling Hands" (apresentado no EP que antecedeu este lançamento), "Gemini Syringes" e "Powerless" são mais 3 músicas imperdíveis, que transmitem na perfeição o sentimento de "Embryonic".
No meio de todo o experimentalismo e psicadelismo, este álbum também passa por momentos de maior acalmia, como são exemplo "If" e "The Impulse".
De referir que este é também um álbum com algumas colaborações, como é o caso dos MGMT, em "Worm Mountain" (uma faixa mais pesada), ou da Karen O, dos YYY's, em "I Can Be a Frog" ou "Watching the Planets" (o single de apresentação do álbum, que tem uma força enorme e um ritmo contagiante). Já agora, uma curiosidade que encontrei na Wikipedia: "Karen O's contributions were recorded by Wayne Coyne over the phone."
É também fantástica a forma como Wayne Coyne e companhia fazem músicas mais pequenas (de transição, talvez), com uma complexidade sonora e com tais elementos que nos deixam agarrados. "Sagittarius Silver Announcement" é um desses exemplos, com um baixo em pano de fundo, ao qual de vão juntando os mais diversos elementos sónicos. "Aquarius Sabotage" não lhe fica nada atrás, na quantidade de elementos sónicos interespaciais que introduz.

"Embryonic" é igualzinho áqueles pratos em que comemos e ficamos a chorar por mais.
Acredito que este é um álbum que vai continuar a crescer dentro de mim ao longo do tempo.
É uma viagem por todo o Universo. É um acontecimento.

9/10

01 dezembro 2009

UP

Ontem foi dia de ver bonecada. "UP" era um filme que desejava ter visto há mais tempo, mas que por falta de oportunidade ainda não tinha sido possível.
Vi-o agora, e a impressão é extremamente positiva.
Começando na caracterização das personagens. Se não são os desenhos mais cómicos que já vi, andam lá muito perto. O puto gordinho é absolutamente delicioso. Só com as expressões que as personagens vão tendo, o filme já estava ganho.
Depois a história. Começa a ser notório que a Pixar se preocupa em arranjar temas minimamente sérios e tocantes, e consegue com isso fazer passar várias emoções ao longo do filme. O filme é bastante comovente, mostrando, para além de uma história de amor eterno - e tudo o que a morte de um dos cônjuges traz a lume -, a relação avô/neto (apesar de as duas personagens principais não terem grau de parentesco).
A ideia de fazer da casa um dirigível e de andar com ela às costas também está muito gira e tem um efeito bem conseguido.
De resto, é um filme divertido, com bastante ritmo e que entretém miúdos e graúdos.
Sem dúvida, dos melhores filmes de animação que vi. Talvez não esteja ao nível de "Wall-E", mas também não anda muito longe!

8/10

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