Depois de ter lido algumas das obras-primas do autor - "O Ano da Morte de Ricardo Reis" ou "Memorial do Convento" -, decidi avançar para o mais recente livro do Nobel da Literatura'98, escrito durante uma altura de grande debilitação do escritor, que esteve gravemente doente.
Pois bem, "A Viagem do Elefante" é uma obra diferente das que li até agora de Saramago. E é diferente porquê? Porque apresenta-se como uma história mais leve, mais solta, sem no entanto nunca perder a base histórica da criação do livro.
O livro fala mesmo daquilo que diz o título. Da viagem de um elefante asiático e do seu fiel tratador indiano (cornaca) desde Lisboa, onde estava, pertença do Rei D. João III, até Viena, depois de ter sido uma prenda do rei português ao Arquiduque Maximiliano, primo da rainha de Portugal e futuro imperador da Áustria.
Todos os passos dados pela comitiva - em Portugal, chefiados por um Capitão português, de Espanha para a frente, chefiados pelo próprio Arquiduque - foram minuciosamente seguidos, e a partir daí, desenvolve-se a história ficcional. No entanto, e tendo em conta as obras que já li do autor, este livro fica um pouco aquém das expectativas, sem deixar de ter alguns momentos deliciosos, como as atitudes quase humanas do elefante. O animal, ser estranho nas terras europeias, causava furor por onde quer que passasse, e acabou por ser bastante "famoso" por ter evitado esmagar um criança de 5 anos, na sua chegada a Viena, devolvendo-a com a tromba aos pais.
Uma história engraçada, leve e que revela a grande cumplicidade que se pode criar entre os animais e as pessoas.
Um bom livro.
7/10
Pois bem, "A Viagem do Elefante" é uma obra diferente das que li até agora de Saramago. E é diferente porquê? Porque apresenta-se como uma história mais leve, mais solta, sem no entanto nunca perder a base histórica da criação do livro.
O livro fala mesmo daquilo que diz o título. Da viagem de um elefante asiático e do seu fiel tratador indiano (cornaca) desde Lisboa, onde estava, pertença do Rei D. João III, até Viena, depois de ter sido uma prenda do rei português ao Arquiduque Maximiliano, primo da rainha de Portugal e futuro imperador da Áustria.
Todos os passos dados pela comitiva - em Portugal, chefiados por um Capitão português, de Espanha para a frente, chefiados pelo próprio Arquiduque - foram minuciosamente seguidos, e a partir daí, desenvolve-se a história ficcional. No entanto, e tendo em conta as obras que já li do autor, este livro fica um pouco aquém das expectativas, sem deixar de ter alguns momentos deliciosos, como as atitudes quase humanas do elefante. O animal, ser estranho nas terras europeias, causava furor por onde quer que passasse, e acabou por ser bastante "famoso" por ter evitado esmagar um criança de 5 anos, na sua chegada a Viena, devolvendo-a com a tromba aos pais.
Uma história engraçada, leve e que revela a grande cumplicidade que se pode criar entre os animais e as pessoas.
Um bom livro.
7/10
0 retro-introspecções:
Postar um comentário