06 abril 2010

“Lolita”, de Vladimir Nabokov

Dolores Haze – mais conhecida por Lolita – é uma jovem rapariga norte-americana de 12 anos, igual a todas as outras. Humbert é um homem russo de meia-idade com predilecção por “ninfitas” (nome que dá a raparigas que ele diz terem olhares e mentes absolutamente provocantes) e que viaja para os EUA depois de um desgosto amoroso na adolescência e de um casamento sem amor, frustrado e com traições em Paris.
Desde o início sabemos que a personagem principal está em vias de ser condenado em tribunal, sendo que este livro funciona basicamente como uma auto-psicanálise, narrado pelo personagem principal. Humbert é obcecado por jovens a entrar na puberdade, e faz de tudo para conseguir estabelecer uma relação (seja de que tipo for) com uma delas, Lolita. A partir daí, e mediante uma prosa escorreita, são-nos dados todos os detalhes e pormenores da vida da personagem principal, é-nos fornecida a sua visão de todos os acontecimentos desenvolvidos.
O livro não é mais do que todo o enquadramento da relação pedófila, criminosa, ciumenta e obsessiva entre ambos. “Lolita” não consegue passar indiferente a ninguém. A escrita é soberbamente bem conduzida e orientada.
É um livro pesado com uma história que choca sem nunca ser demasiado explícita ou gráfica, feito conseguido com grande mestria por parte do autor russo. Um livro a não perder.
Depois de ler o exemplar, fui investigar e “descobri” dois filmes, um dos quais do Mestre Kubrick. A investigar num futuro muito próximo.

9/10

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