07 abril 2010

Eyes Wide Shut

"Eyes Wide Shut" foi o último filme de Stanley Kubrick, que morreu pouco tempo depois de o concluir, e que conta com a participação do casal do momento da altura, Nicole Kidman e Tom Cruise. Depois de vários anos a dizer que tinha que ver o filme, finalmente decidi-me.
Tudo se passa na Alta Sociedade de Nova Iorque, em que a mulher de um conceituado médico confessa ao marido ter sido infiel no passado, levando a que o marido sinta um turbilhão de emoções - que levam a um desencadear de acontecimentos -, que o vão conduzindo para diferentes cenários ao longo das duas horas e trinta minutos de filme.
O filme não é imediato (como tudo o que vem do mestre Kubrick) nem é para ser visto de qualquer forma. Não nos dá as respostas todas que queremos, tem diálogos longos que explicam a maior parte do filme e tem longos momentos de "passagem" de imagens também, sem qualquer fala.
"Eyes Wide Shut" expõe quase na perfeição as emoções desencadeadas por uma traição, sejam elas sede de vingança, insegurança, ciúme, desejo de novas aventuras... Ao mesmo tempo, consegue introduzir algumas temáticas bastantes curiosas, como as sociedades secretas, o mundo da prostituição e da "fachada social".
"Eyes Wide Shut" é um crítica mordaz à sociedade actual, mas não deixa de descrever muito bem aquilo por que muitas relações passam durante a sua vida.
É um filme que ostenta uma grande carga sexual/sensual, que no fundo caracteriza o lado mais animal e instintivo do ser humano. Pelo meio, ainda podemos encontrar algumas pontas de mistério na trama (muito bem auxiliadas pela banda sonora), o que nos faz olhar o filme de diferentes perspectivas.
Quanto à realização, é o já conhecido de Kubrick. Longos planos, que nos dão a possibilidade de captar diversos pormenores.
Não é o melhor filme do Kubrick que já vi, mas não deixa de ser muito bom! Pena não haver muitos visionários como ele.

8/10

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