11 abril 2010

Blade Runner

Na minha senda por filmes mais antigos que gostaria de ver mas que nunca tive a oportunidade de o fazer até este momento, um dos visados foi "Blade Runner", um filme de ficção científica, de 1982, quando a loucura à volta de "Star Wars" atingia os píncaros.
Na história, a Terra está praticamente sem habitantes, que foram transferidos para melhores planetas. Na história, existem "robots" praticamente humanos, criados pelo Homem para serem seus escravos. Mas como a evolução tecnológica envolvida no seu desenvolvimento é tão grande, os "robots" acabam por pensar como humanos, e o que mais querem fazer é vingar-se dos humanos por todo o mal que estes lhes fazem. Para tratar desses seres insubordinados, existem os Blade Runners, uma espécie de caça-fantasmas, entre os quais se destaca Harrison Ford.
Esta é a trama geral de "Blade Runner", que não é um filme de ficção científica igual a "Star Wars". Não há acção desenfreada, as cenas são calmas, adquiridas com grande paciência e detalhe. Além disso, o filme tem por base acontecimentos futuristas, mas tenta ser muito mais do que isso. Tenta e consegue!
"Blade Runner" é um tratado filosófico sobre a solidão, a mente humana, as relações e os prós e contras da evolução tecnológica. Recorrendo a eventos considerados hoje muito perto do impossível, Ridley Scott esforça-se por criar metáforas de tudo o que acontece no nosso planeta e apenas com humanos.
Falando nos efeitos especiais, e tendo em conta a época em que o filme foi feito (quase há 30 anos!), estão perfeitos! É engraçado verificar ainda a forma como adivinham os carros no futuro, as casas, etc... Mas, no que toca a tecnologia, há a tentativa de expor ao máximo possíveis falhas. E esse foi um trabalho realizado com mestria pelo realizador e pela sua equipa.
Com um filme de ficção científica, Ridley Scott conseguiu criar um marco no cinema, que acabou por ser um pouco desprezado devido ao show-off e euforia provocados pelos filmes da saga de George Lucas.
"Blade Runner" é poesia.

9/10

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