23 junho 2009

Noite de S. João

A mais longa noite do Porto está prestes a começar.

Não será a mais longa para mim, para perceber isso basta ler alguns dos últimos posts.
No entanto, não deixa de ser bom constatar o cheiro a sardinha (que eu tanto adoro... NOT!), os balões espalhados pelo ar, uns a voar lindamente, outros a queimarem-se lá no alto e a desfazerem em mil pedaços, e outros que nem sequer conseguem sentir o ar livre mais do que 3 ou 4 segundos, o tempo suficiente para já estarem todos ardidos.
Martelar tudo o que é cabeça. Não interessa se se acerta com o plástico, se faz barulho ou não, o que importa é mandar cacetadas em tudo o que mexe e tem cabelo. Já do alho porro e do manjerico não tenho uma opinião positiva. Têm odores agressivos e são pouco práticos. Para não falar na piroseira das quadras.

Bem, mas o que aqui venho dizer é que já não vivo o S. João com a mesma intensidade.
Relembrar os anos em que percorria, a pé, toda a marginal do Rio Douro, tanto do lado direito (Ponte D. Luiz até à praia do Homem do Leme), como do lado esquerdo (desde a Afurada, até à ponto do fogo de artifício). Era chegar ao final do percurso de ida, morfar um cachorro, descansar um pouco na areia, e voltar para trás, que o dia já estava a amanhecer.
Apanhar o barco, mais conhecido por "Badalhoca", e aterrar na cama todo podre, sem sentir uma única parte do corpo.
Bons tempos.
Agora já não há vida para isso... E se vir o fogo este ano, já é muito.

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