10 abril 2009

Mil Novecentos e Oitenta e Quatro - George Orwell

Mil Novecentos e Oitenta e Quatro é um clássico da Literatura Contemporânea.
E não é difícil perceber por quê. Escrito numa altura conturbada da História do Séc. XXI - 1949 -, marcada pelo período pós-Guerra, onde as ditaduras de extrema-direita foram condenadas e aniquiladas e as de extrema-esquerda foram praticamente ignoradas, com um enorme e generalizado assobio para o lado...
Este livro foi idealizado precisamente para criticar o regime ditatorial em voga na altura. O Estalinismo, na Rússia.
1984 é uma obra que nos mostra o lado mais sombrio (e único, direi eu) de um regime onde não se preza a liberdade do ser humano.
No fundo, e sendo que foi escrito no final da década de 40, o livro não é mais do que uma previsão do futuro, no ano que dá nome à obra.
Ele relata a forma de vida um membro do partido, que trabalha para o partido e que não "sente" a ideologia do partido. Todos os passos, de todos os cidadãos, são completamente controlados por câmaras e ecrãs de TV. Não há espaço a relações humanas, apenas trabalho. A vida resume-se ao trabalho e ao ódio por todos os que não são pró-partido. E neste aspecto, é interessante, ao mesmo tempo que chocante, a facilidade de manipulação das massas, com discursos que dizem aquilo que todos querem ouvir, mas que não se dão ao trabalho de pensar.
Com uma narrativa envolvente, viva, crua, dura e realista, temos aqui um livro que não pode passar em branco na cultura literária de qualquer ser que preze a liberdade. É um "abre-olhos", uma lição de vida, é a exultação dos direitos humanos.

9/10.

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