16 junho 2010

The Imaginarium of Doctor Parnassus

Tinha uma certa curiosidade em ver este filme. Não só porque representa simbolicamente o último filme do actor Heath Ledger, mas também porque marcava o regresso de Terry Gylliam à realização. O elenco era respeitável. Para além do já referido Joker de “The Dark Knight”, havia um consagrado Cristopher Plummer e participações especiais de Johnny Depp, Collin Farrell e Jude Law, que permitiram a concretização da película depois do trágico incidente.
“The Imaginarium of Doctor Parnassus”, com uma tradução absurda para português (qualquer coisa como “Parnassus, o Homem que tentou enganar o diabo”), fala-nos da luta do bem contra o mal, de apostas e promessas entre Parnassus e o diabo. O essencial do filme gira à volta da possibilidade de Parnassus conseguir, com a mente, criar ambientes, cenários e paisagens de acordo com as pessoas que se deixam controlar pelos pensamentos do mágico.
No entanto, e apesar do conceito parecer apelativo, o filme foi uma desilusão. Achei-o confuso e enfadonho, repetitivo e um pouco longo de mais.
Os cenários, a caracterização e a fotografia são sem dúvida de alta qualidade. Mas penso que poderia ter havido mais imaginação, mais cor. As interpretações são medianas, à excepção do veterano Plummer. Heath Ledger é exuberante, mas não soberbo, e os actores que deram uma perninha no filme também não têm grande tempo de protagonismo, pelo que acabam por passar algo despercebidos.
Resumindo, estava à espera que “The Imaginarium of Doctor Parnassus” fosse arrebatador, apelasse à nossa imaginação, seduzisse com cenários, contasse belas histórias e respirasse aventura por todos os poros. Acabou por falhar em vários desses pontos.

5/10

0 retro-introspecções:

Free Hit Counter