15 janeiro 2010

The XX e Frankfurt

Dia 13 foi dia de sorte. Foi dia da recepção de uma fantástica prenda de Natal, já aqui publicitada. E portanto, vou começar pelo fim.
Obrigado pela melhor prenda de sempre!
O dia começou cedo. Os nervos, a ansiedade e o mau tempo precipitaram o acordar. Havia prazos que queríamos cumprir, missões que não podiam falhar, e tudo tinha que correr como planeado.
Felizmente, e não obstante alguns atrasos circunstanciais, lá se chegou ao destino dentro do previsto, não sem antes apreciar, maravilhado, a vista.


Primeira impressão ao sair do avião: "Está mesmo frio! Olha a neve a entrar-me pelos olhos dentro!"



Chegados à cidade e logo uma vista magnífica a partir da estação principal, verificando o bonito estado dos automóveis da zona.

No meio de tudo isto, a concentração ao caminhar estava nos limites máximos. Gelo no chão pode ser traiçoeiro, mas só para quem não está habituado, porque era ver os alemães a passar a grande velocidade. Nunca me senti tão lento!...
O primeiro passo com a chegada à cidade passava pela instalação num local minimamente cómodo e quente. O objectivo foi mais do que conseguido (o quarto era um forno, de tal modo que teve que se dormir com a janela entreaberta!), e ainda por cima com umas boas vistas sobre a zona económica da cidade.

Não havia muito tempo para conhecer a cidade, mas havia pontos-chave que não podiam falhar no roteiro. Aqui, a nossa celeridade foi afectada por um sistema de compra de bilhetes de metro absolutamente contra-natura. Comprei o bilhete, sim senhor, mas fiquei sem perceber patavina porque é que comprei o que comprei. Já estive em várias cidades com metro, mas nunca senti tanta dificuldade...
Visita relâmpago, sem deixar escapar os pontos principais da cidade. Arranha-céus, centro histórico (praticamente deserto, o que me entristeceu) e zona comercial. De referir que a cidade foi arrasada durante a II Guerra Mundial, mas sinceramente não parece.




A neve é muito linda, mas cansativa. Não deixa tirar fotos em condições (aqui o trémulo das mãos provocado pelo frio é um dos suspeitos do costume), entra pelos olhos dentro sem pedir permissão, molha mas não nos leva a pegar num guarda-chuva. Vá lá que não nevou assim tanto. A juntar a tudo isso, ficou a minha primeira experiência numa cidade vestida de branco. É muito bonito, mas antes de carros e pessoas pisarem a fofura dos flocos. Depois o cenário "suja-se" um pouco, fica mais realista, menos idealista, mais verdadeiro. Fica uma cidade branca nos pontos inacessíveis e mais escura nos pontos comuns de passagem de transeuntes.

Por fim, o principal motivo da ida à quinta maior cidade alemã.
O concerto da banda revelação do ano transacto, que lideraram tops em todo o mundo, que conquistaram a crítica especializada. A banda que faz música simples, despretensiosa, sem deixa de lado a qualidade na mistura das diferentes sonoridades que representam o repertório deste trio (outrora quatro) de ingleses adolescentes.
Logo à entrada, contacto directo com o vocalista e baixista Oliver Sim. Apenas a falta de lata e de uma caneta no momento me impediram de sair dali com o CD que habitava na minha mochila autografado. Sim, porque os alemães não são nada efusivos e nem sequer se dirigiram ao rapaz. Aposto que em Portugal teria logo ali à entrada uma recepção calorosa.

A sala que acolheu o concerto - Batschkapp (uma espécie de saudoso Hard Club) - estava a rebentar pelas costuras, o concerto estava esgotado há semanas e enquanto uma banda, New Look, fazia a primeira parte, tentámos furar por entre matulões, em busca de um local "habitado" por anões alemães (espécie que ronda os 1,60 metros, constituído essencialmente por elementos sexo feminino), por forma a conseguirmos vizualizar o palco e a actuação (mais a doce namorada que teve a amabilidade de me proporcionar tamanha oferenda, já que eu tenho uns honrosos 1,81 metros - o que fazia com que apenas cerca de 70% dos presentes fosse mais alto que eu).

O objectivo foi conseguido, como se pode ver, mas eu não conseguia vizualizar Jamie Smith, elemento responsável pelos beats e pelo MPC, uma vez que o gajo mais alto da sala e com a maior trunfa estava especado à minha frente. Vá lá que me forneceu o ângulo necessário para ver os restantes 2 elementos, que se encontravam mais para as pontas do palco.

Falando agora do concerto em particular, abriu em grande com a "Intro", uma faixa poderosa que deixa logo os espíritos todos incendiados.

Depois, foram-se passando grandes momentos musicais, todos os contidos no álbum e ainda uma cover de uma banda inglesa, cujo nome música não me lembro de momento e um remix do hit "You've Got the Love" de Florence and the Machine, amiga de infância, a fechar a noite. Os momentos altos foram quase todos, especialmente qunado a guitarra deambulante de Romy Madley Croft entrava em acção. Algumas músicas foram tocadas com ligeiras variações em relação à versão original, fosse para criar um ambiente mais festivo ou para adensar a carga emocional. Destaque para a distorção descontrolada em "Fantasy" (uma música que à partida poderia não acrescentar nada de muito especial), os improvisos em "Basic Space" ou o devaneio nos pratos no final da belíssima "Infinity", que encerrou o concerto antes do encore, com "Stars" e um cenário a condizer, cheio de luzes a simular as ditas.




Poder-se-ia pensar que a saída de Baria Qureshi ia causar um abalo nas performances ao vivo, já que tudo tinha sido feito e pensado a 4, e agora tudo tinha que se resolver a 3. Sobrou mais trabalho para todos os membros, em particular para o rapazinho dos beats, que muitas vezes quase não tinha mãos a medir para as duas mesas que controlava, sendo que uma delas substituía de vez em quando a guitarra deixada ao abandono, mas tirando algumas pequenas falhas (a mais gritante do baixista, prontamente corrigida), o concerto teve um nível muito bom!
Em baixo, pode ver-se a setlist do concerto que teve duração aproximada de uma hora e que foi...

Setlist
Intro
Crystalised
Islands
Heart Skipped a Beat
Fantasy
Shelter
VCR
Basic Space
Night Time
Infinity
Stars (encore)
You've Got The Love (remix)

Depois de tudo isto, o balanço é extremamente positivo. A cidade é agradável, o concerto foi excelente. Não há nada para reclamar.
Vou terminar pelo início.
Obrigado pela melhor prenda de sempre

2 retro-introspecções:

Anônimo disse...

%$#%$&$#%&%$$%!!!!

elevet disse...

Só me ocorre uma frase: EU TAMBÉM QUERIA!!!!
O ciúme é um sentimento muito feio, mas de vez em quando não se consegue evitar!=P
Espectacular mesmo!
Que graaaaande prenda=D

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