Muito se tem falado por todo o lado do primeiro álbum desta banda londrina, e eu como sou um gajo que não gosta de fugir às modas (quando estas me parecem razoáveis e de excelente qualidade), e observando tamanhos elogios, era impossível passar indiferente e não ouvir este álbum.
A verdade é que estes putos de 20 anos (2 rapazes e 2 raparigas) fazem música de gente grande, de quem já anda nestas andanças há décadas.
Para além deste interessante traço teatral/dramático nas músicas da banda, temos sempre presente um forte baixo a marcar o ritmo, coajuvado por guitarras desenhadoras dos caminhos dançantes a seguir (gostei da expressão "guitarra serpentante", utilizada pelo Vítor Belanciano no Ípsilon).
A introdução do álbum é absolutamente avassaladora; "Intro" (a melhor introdução a um CD que já ouvi?) tem um instrumental que nos seduz por completo, caracteriza o som da banda e nos arrasta para ouvir as restantes faixas, que vão revelando uma consistência absolutamente notável. "VCR", "Fantasy" ou "Night Time" são de uma simplicade que até assusta, "Basic Space" ou "Heart Skipped a Beat" são mais elaboradas, mas a essência está lá, e o resultado final é tremendamente positivo. Depois, temos "Crystalized", "Shelter" e "Infinity", aquelas músicas que são absolutamente sublimes, dada a clareza de ideias e a simplicidade que emanam.
Um álbum absolutamente viciante e intimista! Dos melhores do ano, sem a mais pequena dúvida! Perfeito!
10/10
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