Os Local Natives são uma das boas surpresas deste ano. Apesar de serem originários de Los Angeles, o álbum foi lançado primeiro – e ainda no ano transacto – no Reino Unido, e só mais tarde – já em 2010 – nos EUA. Por este motivo e pelo facto de os ter conhecido apenas em 2010, considero este um álbum de 2010 e não se fala mais nisso.
A sonoridade poderá ser incluída no rótulo indie, tão em voga nos últimos tempos, sendo que já os compararam com bandas como Vampire Weekend, Fleet Foxes ou Arcade Fire – há ainda uma versão dos Talking Heads, em “Warning Sign”, o que poderá fazer prever alguma influência musical desta banda. Mas os Local Natives não deixam de ter músicas bem definidas, uma identidade bem desenvolvida e bastante identificável. Todo álbum tem uma consistência assinalável, sempre num tom bem ritmado e cheio de melodia, juntando aos habituais instrumentos das bandas violinos e o piano. As músicas são todas elas relativamente grandes (entre os 4-6 minutos), o que dá sempre espaço a alguns sinais de improvisação e fuga ao estilo clássico de canção de 3 minutos, com refrões quase sempre muito catchy.
“Wide Eyes” abre “Gorilla Manor”, com uma bateria que, sinceramente, naquele ritmo não caía mal nos The National. “Airplane” e “Who Knows Who Cares” seguem uma onda mais calma mas igualmente interessante. “Sun Hands” tem o refrão mais viciante do álbum, ainda para mais quando um coro de crianças começa a cantar “And when I can feel with my sun hands / I promise not to lose her again” a plenos pulmões, só apetece desatar a fazer o mesmo. Para o fim, deixo o melhor momento: “Camera Talk” é um dos hinos deste ano, cheia de elementos fortes e diversos; quem quiser descobrir este álbum, que comece por aqui, se faz favor, que isto é contagiante.
“Wide Eyes” abre “Gorilla Manor”, com uma bateria que, sinceramente, naquele ritmo não caía mal nos The National. “Airplane” e “Who Knows Who Cares” seguem uma onda mais calma mas igualmente interessante. “Sun Hands” tem o refrão mais viciante do álbum, ainda para mais quando um coro de crianças começa a cantar “And when I can feel with my sun hands / I promise not to lose her again” a plenos pulmões, só apetece desatar a fazer o mesmo. Para o fim, deixo o melhor momento: “Camera Talk” é um dos hinos deste ano, cheia de elementos fortes e diversos; quem quiser descobrir este álbum, que comece por aqui, se faz favor, que isto é contagiante.
“Gorilla Manor” ganha, para já, o prémio de uma das bandas mais cool do ano.
8/10
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