Os Girls são um duo de gajos - logo aqui somos induzidos em erro - americanos de S. Francisco, que lançam agora o seu primeiro álbum, chamado... "Album". Surpresa das surpresas.
Ouvi este álbum vezes e vezes sem conta, tentando perceber onde os Girls queriam chegar. Porque esta banda apresenta-nos música pop cheia de ritmo alegre, seguida por uma música depressiva, triste... Procurei alguma história sobre a formação da banda, e descobri que o vocalista (Cristopher Owens) pertenceu a um daqueles cultos religiosos marados no Texas, e acabou por sofrer com isso.
"Album" acaba por ser bastante denso, cheio de sonoridades distintas, diversas influências e estados de espírito, transparentes nas letras das músicas.
"Lust for Life", uma faixa pop ao mais alto nível, dá-nos logo a personalidade do frontman da banda - "(...) But now I'm just crazy, I'm totally mad/ Yeah, I'm just crazy, I'm fucked in the head (...)". Seguimos com "Laura", um falhanço amoroso com a posterior tentativa de reconciliação, que acaba por contribuir para o estado depressivo maioritariamente encontrado no disco e que se adensa em "Ghost Mouth", passando a obsessão e raiva em "GodDamned", uma faixa construída praticamente apenas com uma guitarra acústica. "Big Bad Mean Motherfucker" dá-nos distorção dos anos 80, muito ao estilo Beach House ou The Magnetic Fields, com um ritmo muito veraneante e contagiante.
"Hellhole Ratrace" é, definitivamente, uma das músicas do ano! Caracteriza na perfeição aquilo que este "Album" representa. É uma faixa post-rock cheia de intensidade, sentimento e absolutamente bela. Sentimo-nos num mundo à parte, ao ouvir esta obra-prima. Depois deste momento, segue-se mais uma faixa cheia de melancolia e dor, garantida no título da canção - "Headache", à qual se seguem "Summertime" - com mais alguma distorção - e "Lauren Marie" - post-rock para falar novamente de relações intempestivas e dos seus arrependimentos. Será a mesma pessoa de "Laura"?
"Album" acaba por ser bastante denso, cheio de sonoridades distintas, diversas influências e estados de espírito, transparentes nas letras das músicas.
"Lust for Life", uma faixa pop ao mais alto nível, dá-nos logo a personalidade do frontman da banda - "(...) But now I'm just crazy, I'm totally mad/ Yeah, I'm just crazy, I'm fucked in the head (...)". Seguimos com "Laura", um falhanço amoroso com a posterior tentativa de reconciliação, que acaba por contribuir para o estado depressivo maioritariamente encontrado no disco e que se adensa em "Ghost Mouth", passando a obsessão e raiva em "GodDamned", uma faixa construída praticamente apenas com uma guitarra acústica. "Big Bad Mean Motherfucker" dá-nos distorção dos anos 80, muito ao estilo Beach House ou The Magnetic Fields, com um ritmo muito veraneante e contagiante.
"Hellhole Ratrace" é, definitivamente, uma das músicas do ano! Caracteriza na perfeição aquilo que este "Album" representa. É uma faixa post-rock cheia de intensidade, sentimento e absolutamente bela. Sentimo-nos num mundo à parte, ao ouvir esta obra-prima. Depois deste momento, segue-se mais uma faixa cheia de melancolia e dor, garantida no título da canção - "Headache", à qual se seguem "Summertime" - com mais alguma distorção - e "Lauren Marie" - post-rock para falar novamente de relações intempestivas e dos seus arrependimentos. Será a mesma pessoa de "Laura"?
Falar deste "Album" é envolvermo-nos de tal maneira que é impossível abstrairmo-nos das suas densidades sónicas, que vão desde o mais puro pop/rock, passam pelo shoegaze ou pelo post-rock. Toda a diversidade contagia e arrasta-nos para as fantásticas letras do autor. Faze-nos estar do lado dele. Uma excelente surpresa neste ano, e salta direitinho para os melhores do ano!
9/10
0 retro-introspecções:
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