19 dezembro 2009

Dancer in the Dark

"Dancer in the Dark" era um filme que andava para ver há já algum tempo, e que só durante esta semana pude satisfazer tal desejo.
Um filme de Lars von Trier, que tem como grande protagonista a excêntrica e maravilhosa cantora islandesa Bjork, apoiada por um elenco secundário de grande qualidade, em que se destaca Catherine Deneuve.

O filme de origem europeia apresenta-nos uma forma muito original de contar a história de uma jovem mãe checoslovaca que emigra para os EUA de forma a conseguir pagar uma cirurgia ao filho, que sofre da mesma doença genética que ela - ficará cega mais dia, menos dia.
Selma (a personagem principal) vive no seu mundo, é reservada, trabalhadora e vive em função do seu filho, amealhando o máximo de dinheiro para a sua cirurgia. A sua visão deficiente - e que se vai agravando ao longo da película - fá-la ver o mundo de outra forma, sentir os objectos de forma mais profunda, sentir todos os sons rotineiros como se de música se tratasse - os musicais são a sua paixão.
A realização centra a sua atenção em Selma, e nas suas paixões e visões do mundo, e intercala uma visão solitária e melancólica da sua vida com aquilo que a faz feliz, a música e os musicais. E este é o terreno perfeito para Bjork. Criadora das sete músicas, consegue aproveitar sons mecânicos e fazer com eles magia e deles o verdadeiro mundo de Selma.
As transições são envolventes, as interpretações comoventes e é um filme que merece ser visto com muita atenção.
Um filme que nos faz mudar a forma como vemos o cinema e aquilo que se consegue trasmitir ao espectador através de um ecrã.

Incrível como este filme não foi nomeado para os Oscars, apesar de ter tido o devido reconhecimento na Europa, com a conquista da Palma de Ouro de Cannes para melhor filme e melhor actriz. Perfeitamente merecido.
Um dos melhores e mais comoventes filmes que já vi.

9/10

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