27 abril 2009
Amália Hoje - "Gaivota"
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Temas de Introspecção: Música
26 abril 2009
Nuno Álvares Pereira. Que futuro?
Papa sublinha dimensão de "herói" de Frei Nuno de Santa MariaPúblicoOnline (notícia completa)
26.04.2009 - 10h08 António Marujo, em Roma
D. Nuno Álvares Pereira foi proclamado santo esta manhã, às 10h33 (09h33 em Lisboa) no Vaticano, perante milhares de pessoas, entre elas duas mil portuguesas. O Papa sublinhou a dimensão de "herói" do novo santo português mas não referiu a sua generosidade.
O Papa Bento XVI referiu-se, há poucos minutos, a Frei Nuno de Santa Maria, o oitavo santo português proclamado em Roma às 10h33 (09h33 em Lisboa), como "herói e santo de Portugal", que viveu numa época em que a nação consolidou "a sua independência de Castela".
Lendo em português o parágrafo dedicado a Frei Nuno, Bento XVI acrescentou que, embora o novo santo "fosse um óptimo militar e um grande chefe, nunca deixou os dotes pessoais sobreporem-se à acção suprema que vem de Deus".
(...)
Um dos nossos grande heróis foi hoje canonizado no Vaticano.
Confesso que receio que o destino de um grande militar, o comandante das nossas tropas frente ao Reino de Castela, uma pessoa muito humilde e generosa, seja ser conhecido pelas gerações futuras como um santo, e não como um grande homem que lutou pela Independência de Portugal.
Já agora, convém recordar que ele foi canonizado por, supostamente, ter curado uma mulher que tinha cegado com azeite a ferver no olho. E isso, aos olhos da Igreja, é um milagre, por não ter explicação científica. Lesões da córnea que curam espontaneamente, há-as todos os dias nos nossos hospitais!
Mas o que aqui realmente interessa é que temo que o herói de Aljubarrota, idolatrado por Camões e descrito por Vasco da Gama, nos Lusíadas, como o homem supremo na vitória de Portugal frente a Castela, seja agora mais uma das centenas de milhar de personagens que inundam as igrejas portuguesas, em forma de estátua.
Fica aqui uma passagem d'Os Lusíadas, onde a sua virtude é exposta ao máximo, e representa aquilo que quero pensar dele o resto da vida.
28
Deu sinal a trombeta castelhana,
Horrendo, fero, ingente e temeroso;
Ouviu-o o monte Artabro, e Guadiana
Atrás tornou as ondas de medroso.
Ouviu-o o Douro e a terra transtagana;
Correu ao mar o Tejo duvidoso;
E as mães que o som terribil escuitaram,
Aos peitos os filhinhos apertaram.
29
Quantos rostos ali se vem sem cor,
Que ao coração acode o sangue amigo!
Que, nos perigos grandes, o temor
É maior muitas vezes que o perigo.
E, se o não é, parece-o, que o furor
De ofender ou vencer o duro immigo
Faz não sentir que é perda grande e rara
Dos membros corporais, da vida cara.
30
Começa-se a travar a incerta guerra:
De ambas as partes se move a primeira ala;
Uns leva a defensão da própria terra,
Outros a esperança de ganhá-la.
Logo o grande Pereira, em quem se encerra
Todo o valor, primeiro se assinala:
Derriba e encontra, e a terra, enfim, semeia
Dos que a tanto desejam, sendo alheia.
31
Já pelo espesso ar os estridentes
Farpões, setas e vários tiros voam;
Debaxo dos pés duros dos ardentes
Cavalos treme a terra, os vales soam.
Espedaçam-se as lanças, e as frequentes
Quedas co as duras armas tudo atroam.
Recrecem os immigos sobre a pouca
Gente do fero Nuno, que os apouca.
32
Eis ali seus irmãos contra ele vão
(Caso feio e cruel!); mas não se espanta,
Que menos é querer matar o irmão,
Quem contra o Rei e a Pátria se alevanta.
Destes arrenegados muitos são
No primeiro esquadrão, que se adianta
Contra irmãos e parentes (caso estranho!),
Quais nas guerras civis de Júlio e Magno.
33
Ó tu Sertório, ó nobre Coriolano,
Catilina, e vós outros dos antigos
Que contra vossas pátrias, com profano
Coração, vos fizestes inimigos:
Se lá do reino escuro de Somano
Receberdes gravíssimos castigos,
Diz-lhes que também dos Portugueses
Alguns tredores houve algüas vezes.
34
Rompem-se aqui dos nossos os primeiros,
Tantos dos inimigos a eles vão.
Está ali Nuno, qual pelos outeiros
De Ceita está o fortíssimo leão,
Que cercado se vê dos cavaleiros
Que os campos vão correr de Tutuão:
Perseguem-no com as lanças, e ele, iroso,
Torvado um pouco está, mas não medroso;
35
Com torva vista os vê, mas a natura
Felina e a ira não lhe compadecem
Que as costas dê, mas antes na espessura
Das lanças se arremessa, que recrescem.
Tal está o cavaleiro, que a verdura
Tinge co sangue alheio. Ali perecem
Alguns dos seus, que o ânimo valente
Perde a virtude contra tanta gente.
36
Sentiu Joanne a afronta que passava
Nuno, que, como sábio capitão,
Tudo corria e via e a todos dava,
Com presença e palavras, coração.
Qual parida leoa, fera e brava,
Que os filhos, que no ninho sós estão,
Sentiu que, enquanto pasto lhe buscara,
O pastor de Massília lhos furtara,
37
Corre raivosa e freme e com bramidos
Os montes Sete Irmãos atroa e abala:
Tal Joanne, com outros escolhidos
Dos seus, correndo acorre à primeira ala:
«Ó fortes companheiros, ó subidos
Cavaleiros, a quem nenhum se iguala,
Defendei vossas terras, que a esperança
Da liberdade está na vossa lança!
38
Vedes-me aqui, Rei vosso e companheiro,
Que entre as lanças e setas e os arneses
Dos inimigos corro, e vou primeiro;
Pelejai, verdadeiros Portugueses!»
Isto disse o magnânimo guerreiro
E, sopesando a lança quatro vezes,
Com força tira; e deste único tiro
Muitos lançaram o último suspiro.
........................................................................
42
Aqui a fera batalha se encruece
Com mortos, gritos, sangue e cutiladas
A multidão da gente que perece
Tem as flores da própria cor mudadas&,
Já as costas dão e as vidas; já falece
O furor e sobejam as lançadas;
Já de Castela o Rei desbaratado
Se vê, e de seu propósito mudado.
43
O campo vai deixando ao vencedor,
Contente de lhe não deixar a vida.
Seguem-no os que ficaram, e o temor
Lhe dá, não pés, mas asas à fugida.
Encobrem no profundo peito a dor
Da morte, da fazenda despendida,
Da mágoa, da deronra e triste nojo
De ver outrem triunfar de seu despojo.
44
Alguns vão maldizendo e blasfemando
Do primeiro que guerra fez no mundo;
Outros a sede dura vão culpando
Do peito cobiçoso e sitibundo,
Que, por tomar o alheio, o miserando
Povo aventura às penas do profundo,
Deixando tantas mães, tantas esposas,
Sem filhos, sem maridos, desditosas.
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Temas de Introspecção: Actualidade
25 abril 2009
FEVER RAY - "Fever Ray"
Todas as músicas apresentam uma beleza desconcertante, com uma enorme simplicidade. E é isto que torna este disco especial. Para ouvir no escuro do quarto, não deixando assim escapar nenhum pormenor deliciosamente presente em qualquer uma das malhas.
Torna-se injusto destacar uma música ou outra – são todas ou excelentes ou muito boas –, mas “When I Grow Up”, “Seven”, “Concrete Walls” e “I’m Not Done” devem ser ouvidas com especial atenção. Sem desculpas!
Um disco difícil de esquecer.
9/10
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Temas de Introspecção: Álbuns 2009, Crítica, Música
Dúvida existencial parva
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Temas de Introspecção: Generalidades
22 abril 2009
O Pepe passou-se da cabeça!...
Ver para crer.
Espero que seja severamente punido.
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Temas de Introspecção: Desporto
19 abril 2009
YEAH YEAH YEAHS - "It's Blitz"
O resultado é surpreendentemente positivo. Em “It’s Blitz”, vemos uma Karen O bem mais calma (pelo menos na voz, em palco deve continuar a mesma fera), mas com uma voz inconfundivelmente melódica.
O álbum começa com “Zero”, dando logo o mote para aquilo que será um álbum cheio de ritmo e sintetizadores.”Skeletons” marca a passagem para uma parte do álbum mais sossegada, que acaba por não durar muito tempo. No entanto, fica demonstrado que, quer em músicas mais mexidas ou mais paradas, a qualidade está lá, como demonstram “Dull Life” (que se aproxima da bela faceta anterior), “Dragon Queen” (a música mais dançável), ou “Little Shadow” (que fecha o disco numa calma melancolia). É difícil encontrar uma faixa má, no meio de tanta qualidade.
7/10
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Temas de Introspecção: Álbuns 2009, Crítica, Música
16 abril 2009
Acabou o Sonho...
Caímos. Mas caímos de pé!
Jogámos perante o campeão inglês, europeu e mundial, conseguimos assustá-los na 1ª mão, em Old Trafford. Mas o poderio e a experiência do Manchester, a potência do remate de Cristiano Ronaldo e a soma de diversos factores azarados para o lado do Porto - como foi o caso da ausência de Jesualdo do banco, a lesão de Lucho e inoperância de Hulk - fizeram com que o David não superasse o Golias.
Acabou o sonho.
Agora, voltemos à realidade.
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Temas de Introspecção: Desporto
15 abril 2009
Hoje é o Dia H
É hoje que o F.C.Porto joga a cartada decisiva pela continuidade na Liga dos Campeões, contra um dos grandes favoritos, o campeão europeu e mundial em título.
Quero um estádio a efervescer.
Quero um público incansável no apoio à equipa, esteja o resultado e o jogo como estiver.
Quero que os 50.000 adeptos sejam o 12º, o 13º, o 14º e o 15º jogadores.
Porque a força de uma equipa também se vê nos seus adeptos!
Penso que para passarmos, precisamos "apenas" de jogar como em Old Trafford, surpreender o United, não os deixar jogar, controlar o jogo e as suas armas.
Depois, estou com uma grande "fézada" de que alguém vai "rebentar"!Hoje é o Dia "Hulk".
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Temas de Introspecção: Desporto
14 abril 2009
Momento cool do Dia
Se é assim tão engraçado ou não, não sei. Mas que não consigo não chorar sempre que o vejo, isso não consigo!
(E não, a parte cómica do vídeo não é a indumentária do interveniente)
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Temas de Introspecção: Humor
Hunger
Para contextualizar, convém dizer que toda a história se passa numa prisão de presos políticos, essencialmente por incentivarem à violência e à morte da nação que os governa - a Grã-Bretanha. O filme é a história de alguns desses presos, e principalmente de Bobby Sands, que ficou "famoso" por ter feito uma greve de fome (daí a realização deste filme), durante 66 dias, que o conduziu à morte.
"Hunger" é um filme cru, realista, feito não para agradar a massas, mas para revelar verdadeiramente aquilo que se passou naquela prisão e que se vai repetindo um pouco por todo o mundo. Não se pense que é uma ode ao I.R.A., movimento que luta há quase um século - depois de algumas interrupções - pela criação de uma República na Irlanda do Norte, recorrendo à violência. Antes pelo contrário, mostra com toda a força das imagens aquilo que se foi passando. E é nestes momentos que damos graças pelo facto de a TV não transmitir odores.
De destacar todas as interpretações dos presos, que foram sujeitos a uma carga emocional e física brutal (a "fome" estava bem espelhada nos seus corpos), demonstrando um grande profissionalismo e fazendo-me recordar Christian Bale em "O Maquinista".
É um murro no estômago.
8/10
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13 abril 2009
SILENT CINEMA - "Fins and Feathers"
Os Silent Cinema são uma banda norte-americana, diria dos confins dos EUA. E porquê? Porque fazem uma música pura, crua e bela, com todas as influências do rock e até dos blues.
“Fins and Feathers” é um álbum surpreendentemente belo, com excelentes melodias, letras e que nos faz transportar para o bar de um qualquer rancho no centro da América, de chapéu de cowboy e uma beer na mão, a abrir aquelas portas de molas, deixando-as a balançar durante largos seguintes, enquanto ouvimos no nosso mp3 (a parte moderna do cenário) esta obra de arte.
A faixa inicial, e que dá o título ao álbum, podia nunca ter fim, tal a beleza que transmite e o estado de espírito para que nos transporta. Seguem-se depois 7 músicas, em que se conjugam riffs melodiosos com metais de sopro, teclas, bateria e baixo, juntando-lhe a voz do vocalista Micah McKee, que consegue ser absolutamente arrebatadora, sem nunca deixar de transparecer aquilo que lhe dá aquele toque especial - a rouquidão e a simplicidade.
O ar folk/country nunca desaparece ao longo das 8 músicas, tendo o seu expoente máximo em “So Say We All”, uma música que tem tudo de fantástico. A parada continua num tom elevadíssimo com “John The Revelator” ou “Ghost Band”, isto só para citar alguns exemplos, porque de facto todas as músicas roçam a perfeição. O álbum encerra em beleza absoluta, praticamente como se inicia, com uma música – “The Saint” – que podia durar para sempre, que eu não me importava.
8/10
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Temas de Introspecção: Álbuns 2009, Crítica, Música
10 abril 2009
Mil Novecentos e Oitenta e Quatro - George Orwell
E não é difícil perceber por quê. Escrito numa altura conturbada da História do Séc. XXI - 1949 -, marcada pelo período pós-Guerra, onde as ditaduras de extrema-direita foram condenadas e aniquiladas e as de extrema-esquerda foram praticamente ignoradas, com um enorme e generalizado assobio para o lado...
Este livro foi idealizado precisamente para criticar o regime ditatorial em voga na altura. O Estalinismo, na Rússia.
1984 é uma obra que nos mostra o lado mais sombrio (e único, direi eu) de um regime onde não se preza a liberdade do ser humano.
No fundo, e sendo que foi escrito no final da década de 40, o livro não é mais do que uma previsão do futuro, no ano que dá nome à obra.
Ele relata a forma de vida um membro do partido, que trabalha para o partido e que não "sente" a ideologia do partido. Todos os passos, de todos os cidadãos, são completamente controlados por câmaras e ecrãs de TV. Não há espaço a relações humanas, apenas trabalho. A vida resume-se ao trabalho e ao ódio por todos os que não são pró-partido. E neste aspecto, é interessante, ao mesmo tempo que chocante, a facilidade de manipulação das massas, com discursos que dizem aquilo que todos querem ouvir, mas que não se dão ao trabalho de pensar.
Com uma narrativa envolvente, viva, crua, dura e realista, temos aqui um livro que não pode passar em branco na cultura literária de qualquer ser que preze a liberdade. É um "abre-olhos", uma lição de vida, é a exultação dos direitos humanos.
9/10.
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Temas de Introspecção: Crítica, Literatura
08 abril 2009
O Sonho Continua...
Estivemos simplesmente imperiais!
Silenciámos Old Trafford. Fizemo-nos ouvir entre 75 mil pessoas!
Conseguimos controlar o jogo, soubemos submeter-nos à pressão do todo-poderoso Manchester United, sem nunca perder a calma e a segurança defensiva.
Conseguimos segurar o jogo, com 2 comandantes excepcionais - Meireles e Lucho.
Conseguimos colocar a defesa do United em sentido, com as arrancadas de Hulk, Lisandro e Rodriguez.
Depois, tivemos 2 jogadores que há um ano nem sequer sonhavam jogar no FCP e que fizeram exibições estrondosas. São dois miúdos de 21 anos - Fernando e Cissokho - que "secaram" Cristiano Ronaldo e companhia quase por completo. Que grande futuro que estes jovens têm à sua frente.O Fernando, então, foi sem dúvida o melhor em campo. Conseguiu ganhar todos os lances em que participou, e ainda conseguiu suprimir a sua maior falha quando chegou ao Porto. O passe. Melhorou imenso e já ajuda na transição ofensiva.
O Cissokho está a ficar um senhor jogador. Quem o viu há 2 meses, e quem o vê agora. E este menino, há 9 meses, jogava na 2ª divisão francesa, e há 3 jogava numa equipa que luta para não descer...
Temos jogadores!
Destaque ainda para o mal-amado Mariano González, que se tem revelado um excelente jogador. Diria atá que foi uma contratação de Inverno. Está confiante, com a vontade de sempre e agora joga bem! Grande Mariano!
Uma última palavra para o Jesualdo Ferreira, que me tem surpreendido bastante, eu que queria que ele tivesse saído depois das 3 derrotas consecutivas. Tenho que dar o braço a torcer! Continua assim, e podemos ir mais longe!
E pronto, lá está um clube com muito menos orçamento que as restantes participantes na Champions League a fazer das suas! Sensação de Dejá Vu.
Para a próxima Quarta-feira:
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Temas de Introspecção: Desporto
07 abril 2009
Manchester United vs. FC Porto (1/4 Champions League)
Logo à noite, há sonhos no teatro de Old Trafford.
E quero sentir isto novamente!
Quero ver atitude.
Quero ver vontade de vencer.
Quero ver garra.
Quero ver golos.
Quero ver arrancadas fabulosas do Hulk.
Quero ver um Raúl Meireles a mandar no meio-campo.
Quero ver um Bruno Alves imperial.
Quero ver um Hélton seguro.
Quero ver o FC Porto a celebrar (mais) uma vitória!
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Temas de Introspecção: Desporto
06 abril 2009
Post das Boas-Vindas
Nestas alturas, nunca se sabe muito bem o que dizer...
O que posso garantir é que será aqui o prolongamento da minha mente, das minhas ideias, dos meus interesses.
Esperando ter 5 ou 6 leitores por mês (eu não conto), assim me despeço.
Com um "até já!".
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Temas de Introspecção: Generalidades
